Numa toada desgastante, tanto para sua imagem pública como para seus planos políticos, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) fechou nesta terça-feira (18) o cronograma de votação dos dois projetos que regulamentam a reforma tributária na Casa.
Pelo plano do presidente da Câmara, os relatores das duas propostas que tratam do tema devem apresentar seus textos até o dia 3 de julho.
A partir daí, segundo essa proposta, Lira suspenderia a atuação em todas as comissões da Casa, para que, em esforço concentrado de análise, os deputados pudessem votar o texto no dia 11 de julho — seis dias antes do recesso.
No mais tardar, os dois textos seriam apreciados dia 17.
A montagem desse plano acontece em meio a uma série de reveses impostos por agendas negativas bancadas pelo presidente da Câmara de olho em sua sucessão.
Lira quer arbitrar o processo de troca de comando na Casa e, para isso, tem feito uma série de acenos à extrema direita.
O mais audacioso – e desastroso – foi o projeto de lei 1904, que criminaliza com o dobro da pena do estuprador a mulher estuprada que, hoje, tem direito ao aborto legal.
A tentativa, porém, de firmar o apoio da ala mais radical da oposição virou arma contra o próprio Lira.
Adversários do presidente da Câmara dizem que “o presidente Lula precisa ficar atento. Lira deixou claro que é bolsonarista”.
Fonte: G1
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