Mais de 15 entidades, entre partidos políticos, sindicatos, centrais sindicais e associações se reuniram na manhã desta quarta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalhador, a fim de celebrar a data, cobrando melhorias trabalhistas e a defesa da democracia.
Além de palestras e debates, o evento também contou com shows musicais, atividades culturais e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar. O Acorda Cidade esteve no local e conversou com representantes de sindicatos sobre a importância de celebração e luta de direitos.
Para Sineide da Silva, secretária da Associação de Moradores do Fulô, a programação deste 1º de maio é também uma oportunidade de valorizar o trabalhador do campo, que contribui para o fornecimento de alimentos às mesas brasileiras através da agricultura familiar.
Sineide também reforçou a importância de políticas públicas no incentivo ao trabalho no meio rural.
“Temos que estar presentes, fortalecendo os trabalhadores, assim como a Associação busca estar sempre apoiando, buscando melhorias para que esse trabalhador rural continue nesse trabalho, porque infelizmente muitas áreas rurais têm diminuído. A zona rural está se urbanizando muito rápido e por conta disso muitos trabalhadores estão sem motivação para continuar com o trabalho na agricultura, por isso é importante esse movimento para que o pessoal não desanime e mostre o quanto a agricultura é importante na nossa vida, a culinária, a criação de animais. Precisamos também de mais apoio dos órgãos públicos para que forneçam materiais, equipamentos, até mesmo cursos para que o pessoal se prepare. Precisamos estar motivados e buscar melhorias para as zonas rurais pequenas que não têm muito conhecimento”, disse.
Presente no evento, Délcio Mendes, vice-presidente do Sindicato dos empregados do comércio de Feira de Santana, também relatou as principais propostas de melhorias para a categoria, como as fiscalizações de carga horária e regularização de normas.
Segundo Délcio, o Dia do Trabalhador é uma data de reflexão para garantir boas condições de trabalho, principalmente relacionadas ao comércio de Feira de Santana.
“Temos várias propostas que são importantes para os trabalhadores do comércio de Feira de Santana, temos que ver a carga horária desses trabalhadores que no dia de sábado, por exemplo, muitos abusam do horário e encerram depois do previsto. Haja visto que já existe um projeto no Senado para 40h semanais do trabalhador e nós precisamos acompanhar esse funcionamento do comércio e dizer que estamos justamente lutando para que acabe com essa exploração porque o trabalhador é gente e precisa ser respeitado, uma vez que ele se dedica e produz na empresa. Nós precisamos ter um acompanhamento das atividades que não são respeitadas, muitas lojas que chegam em Feira não cumprem os direitos e nós não podemos deixar isso de lado, temos que acompanhar e acabar com a exploração”.
Ao Acorda Cidade, a professora Marlede Oliveira, presidente da APLB Feira parabenizou a classe trabalhadora e cobrou medidas de valorização aos profissionais da educação, no qual faz parte.
“Nós queremos parabenizar os trabalhadores porque o Brasil e o mundo só se constroem com o trabalho humano. Somos nós que construímos a casa, a cama, que fazemos a construção do passeio da rua, o trabalhador é a mola mestra do mundo e nesse sentido muito se aproveitam do trabalho escravo, do trabalho do ser humano para desqualificá-lo e nós profissionais da educação não somos diferentes. Então, nesse dia de luta paramos para dizer que queremos trabalho, condições dignas de vida e oportunidade. Temos que exigir educação pública de qualidade para que os filhos dos professores tenham uma educação decente. Viva a classe trabalhadora que constrói os nossos direitos”, contou.
Jaime Cruz, um dos organizadores do evento, finalizou convocando a população para fazer parte da programação, que se estende até a tarde.
“Fizemos uma grande convocação pelos bairros e estamos aguardando ainda um público maior do que já temos aqui. Temos shows culturais, samba de rodas e outras atrações. Tivemos um problema com o carro de som porque não pode subir na calçada, mas já vamos iniciar e a expectativa é boa, a gente entende que o trabalhador não precisa vir só para protestar, mas também para se divertir, faz parte do dia a dia do trabalhador a alegria”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram