O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu nesta segunda-feira (28) a ação da polícia do Estado em operação no final de semana que terminou com a morte de dez supostos criminosos.
“Não tenho detalhes [da operação]. De qualquer forma confio que a polícia, sim, foi obrigada a usar de tiros é porque também foi atacada”, disse Wagner, que voltou de viagem à Coreia do Sul no domingo (27).
Na operação, denominada “Portão 2”, policiais militares e civis cercaram um sítio ocupado por uma suposta quadrilha de assaltos a banco e a empresas de valores. Houve tiroteio intenso e todas as pessoas que estavam no sítio morreram.
Dois policiais tiveram ferimentos leves e houve apreensão de 20 armas, entre elas um fuzil e duas submetralhadoras. Entre os mortos, há nove homens e uma mulher.
Wagner disse que preferia que a operação não tivesse resultado em mortes. “É óbvio que preferia que o episódio tivesse terminado com a prisão dos marginais, que evitaria também qualquer atuação deles durante o final de semana ou a semana”, afirmou.
A Bahia enfrenta nos últimos anos uma escalada nos índices de violência: de 2005 a 2009, por exemplo, registrou alta de 142% nos assaltos a banco e de 85% nos roubos de veículos. A taxa de homicídios subiu 42% de 2004 a 2009 e o índice de mortes por armas de fogo avançou 347% entre 2000 e 2008.
Diante do desgaste causado pelos índices, o governo do PT na Bahia trocou a cúpula da segurança pública neste ano e reforçou a divulgação de ações no setor. Nesta segunda-feira, por exemplo, anunciou investimentos de R$ 24,5 milhões em segurança para o Carnaval no Estado, valor que representa 46% de todos os recursos gastos pelo governo na festa.(IG)