Dilton e Feito

Indústria fecha 2011 com expansão de apenas 0,3%, diz IBGE

Em 2010, a alta havia sido de 10,5%, resultado inflado pela recuperação acelerada no pós-crise de 2008/2009. Fora a queda de 7,4% provocada pela crise global de 2008 e 2009, o resultado de 2011 é o pior para a indústria desde 2003, quando a produção avançou só 0,1% na esteira do choque cambial e da crise gerada pelo temor com as eleições presidenciais de 2002.

 

Abalada pelombio desfavorável às exportações e benéfico à maior entrada de importados e a desaceleração da economia nos meses finais de 2011, a indústria cresceu pouco no ano passado e fechou o período com expansão de apenas 0,3%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (31). Em 2010, a alta havia sido de 10,5%, resultado inflado pela recuperação acelerada no pós-crise de 2008/2009. Fora a queda de 7,4% provocada pela crise global de 2008 e 2009, o resultado de 2011 é o pior para a indústria desde 2003, quando a produção avançou 0,1% na esteira do choque cambial e da crise gerada pelo temor com as eleições presidenciais de 2002. De novembro para dezembro, a produção industrial subiu 0,9% na taxa livre de influências sazonais. Na comparação com dezembro de 2010, o setor teve retração de 1,2%, após uma queda de 2,5% em novembro. Em 2011, os principais resultados negativos ficaram com ramos mais sensíveis à concorrência com importados, como têxtil (-14,9%), calçados e artigos de couro (-10,4%) e outros produtos químicos (-2,1%). Por seu turno, ramos que dependem mais do dinamismo do mercado interno ainda se beneficiaram do consumo acelerado no primeiro semestre e registraram taxas positivas, como veículos automotores (2,1%), outros equipamentos de transportes (8%), indústria extrativa (2,1%) e minerais não metálicos (insumos para construção civil), com alta de 3,2%. Sob a ótica das categorias de uso (agregação que considera o destino dos produtos), os melhores desempenhos ficaram com bens de capital (3,3%) –ramo que produz máquinas e equipamentos e sinaliza o ritmo dos investimentos na economia— e bens intermediários (insumos e matérias-primas), cuja alta foi de 0,3%. os bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos) tiveram queda de -2% e bens semi e não duráveis (alimentos, vestuários e outras) tiveram queda de -0,2%. De novembro para dezembro, os setores com resultados mais expressivos foram veículos automotores (5,2%), alimentos (3,9%) e equipamentos médicos e hospitalares (16,8%). as quedas de destaque ficaram com edição e impressão (-4%), têxtil (-4,6%) e vestuário e acessórios (-9,1%) –mais uma vez afetados pelombio desfavorável. As informações são da Folha.
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