Feira de Santana

HGCA registra quase 600 acidentes envolvendo escorpiões em Feira de Santana neste ano

O HGCA registrou um aumento quanto ao número de acidentes envolvendo escorpiões em comparação ao ano de 2022.

escorpiões
Foto: Encaminhada via Whatsapp

Além dos meses de agosto e setembro, que registram uma maior reprodução de escorpiões, as altas temperaturas também são um dos principais fatores para o surgimento de animais venenosos em residências e condomínios de Feira de Santana.

O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) registrou um aumento quanto ao número de acidentes envolvendo escorpiões em comparação ao ano de 2022. Somente neste ano, foram registrados 574 acidentes até o mês de novembro. Já no ano anterior, foram contabilizados 536 casos.

HGCA ft ney silva acorda cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Segundo a médica veterinária e sanitarista do HGCA, Fátima Cruz, os acidentes com escorpiões são registrados durante todo o ano, porém, com a chegada do calor, e com o crescimento habitacional no município, esse índice tem se elevado nos últimos meses.

Fátima Cruz - sanitarista HGCA ft ney silva acorda cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Os acidentes com escorpiões acontecem durante todo o ano, porém, percebemos um aumento nos meses mais quentes, isso é um fato. Porém, também está ligado ao habitat do animal. Vemos muitas construções, condomínios e a proliferação dos animais. Ele sai dos lugares em que habita e acontecem acidentes por conta disso. No Clériston, de todos os agravos que notificamos, os acidentes com escorpiões sem dúvidas é o que tem maior número. Percebemos durante todo o ano, mas não vê também um impacto grande em relação ao índice de mortes, esses acidentes são classificados com leves, geralmente é uma sintomatologia local tratada com um anti-histamínico, antialérgico, com uma dipirona, por exemplo, e o paciente sai bem”, informou a médica ao Acorda Cidade.

Sintomas e cuidados

Os acidentes com escorpiões apresentam vermelhidão e dor. De acordo com a sanitarista, o paciente deve se deslocar imediatamente a uma unidade do HGCA para buscar o tratamento adequado.

“Normalmente o paciente sente dor no local, vermelhidão, dormência, dor muito forte e aqui são realizados alguns exames de laboratório, como tempo de sangramento na linguagem popular, e a gente observa se esse paciente vai ou não evoluir, ter a necessidade ou não de fazer a soroterapia. Esse ano, tivemos apenas um caso, de uma senhora que foi picada e fez o soro, que a gente oferece na unidade. Quanto mais cedo procurar a unidade, melhor. Mas, temos percebido que o tempo médio em que os pacientes procuram a unidade, é de 2 a 3h. Também vai depender muito da quantidade do veneno que é inoculado, mas com certeza, se agravar, existem disfunções como renal que podem levar o paciente a óbito”, destacou.

Em casos de acidentes envolvendo crianças, a unidade especializada para este tipo de atendimento é o Hospital Estadual da Criança (HEC).

“Os casos são distribuídos na cidade inteira, mas os locais de maiores acidentes são em locais de construções, a exemplo do bairro do SIM. Na nossa unidade não fornecemos o tratamento em crianças, isso é feito pelo HEC. Essa condição está ligada ao peso com a quantidade de veneno que o animal inocula”, relatou Fátima Cruz ao Acorda Cidade.

Prevenção

A melhor forma de prevenir animais venenosos e escorpiões em lares residenciais é a limpeza de entulhos e quintais. Para a sanitarista do HGCA, a educação em saúde também é uma responsabilidade dos poderes públicos e de cada cidadão.

“Somos portas abertas, os pacientes vêm, são atendidos, o nosso estoque de soro está sempre disponível, a gente mantém tranquilamente, e o paciente que for picado por escorpião pode vir que será atendido. Como somos um hospital, não é nossa função fazer esse trabalho de educação em saúde, mas é uma questão ligada ao acúmulo de lixo, entulho, então se as pessoas mantiverem seus quintais limpos, não vão evitar somente a presença de escorpiões, mas também outras doenças. Basta observar, se você mora em uma área onde possui lixo, observar as roupas, sapatos. As picadas são mais comuns nas mãos ou no pé. Pedimos um olhar do poder público em entulho, lixo e também o cidadão, no nosso quintal, na nossa casa”, finalizou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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