Dilton e Feito
Governo projeta crescimento da dívida pública de até 10% em 2012
O objetivo do governo é reduzir a participação dos títulos públicos que rendem pela Selic para cerca de um quarto da dívida.
O governo projeta que a dívida pública federal encerre o ano entre R$ 1,95 trilhão e R$ 2,05 trilhões em 2012. Os números constam do PAF (Plano Anual de Financiamento) divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Tesouro Nacional e representam um crescimento de 4,5% a 9,8% em relação ao estoque da dívida no ano passado. O objetivo do governo é reduzir a participação dos títulos públicos que rendem pela Selic para cerca de um quarto da dívida. De acordo com o PAF, esses papéis comporão de 22% a 26% do total. No fim do ano passado, esses títulos correspondiam a 30,1% da dívida. A redução faz parte da estratégia de melhorar o perfil do endividamento público. Reduzir esses títulos dá mais previsibilidade à gestão da dívida, pois aumenta a participação de papéis com rendimento prefixado ou baseado na inflação, para a qual existe uma meta oficial. Além disso, dá mais liberdade ao Banco Central, que, se necessário, pode aumentar a taxa de juros sem se preocupar com o impacto sobre as despesas com a remuneração dos investidores. Ao mesmo tempo, o alvo do PAF para títulos com remuneração prefixada é de 37% a 41%, contra participação encerrada em 2011 em 37,2%. Para papéis que rendem pela inflação a meta é entre 30% e 34% e, para os atrelados ao câmbio, entre 3% e 5%. A fatia desses títulos em 2011 foi, respectivamente, de 28,3% e 4,4%. Em janeiro, o estoque da dívida pública federal caiu 3,5% em janeiro, fechando o mês em R$ 1,801 trilhão, ante resultado de R$ 1,866 trilhão em dezembro. O resultado é decorrente da concentração de vencimentos de títulos públicos no início do ano. Isso ocorreu porque o governo resgatou mais papéis do que emitiu, o que resultou em um saldo líquido de R$ 76,16 bilhões. Em janeiro, o Tesouro Nacional emitiu papéis no valor de R$ 10 bilhões, recursos que foram emprestados para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Esse lançamento já havia sido anunciado pelo governo e completa os R$ 55 bilhões autorizados no ano passado. As informações são da Folha.
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