O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira (12) que o governo fará mudanças nos conselhos de outras estatais, além da Petrobras.
Segundo o ministro, a medida visa “oxigenar” os conselhos de administração das empresas. Costa não informou quais estatais terão mudanças.
“Esse rodízio nós vamos fazer em outros lugares, rodízio de pessoas de um conselho para outro. Até para oxigenar os conselhos das estatais a gente vai fazer com algumas pessoas esse rodízio. Não é exclusivo da Petrobras, nós haveremos de fazer esse rodízio em outros conselhos também”, afirmou o ministro.
O chefe da Casa Civil deu a declaração um dia depois depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidir que o Ministério da Fazenda ocupará uma das seis cadeiras que o governo tem, como principal acionista, no conselho da Petrobras.
Provável indicado
O secretário-executivo-adjunto da pasta, Rafael Dubeux, deve ser indicado. Costa afirmou que Lula poderá fazer outras mudanças no conselho da petroleira.
Lula definiu uma vaga para Fazenda após se reunir na segunda-feira (11) com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e ministros, entre os quais, Rui, Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
O encontro foi convocado em razão da polêmica provocada pela posição da Petrobras de não distribuir aos acionistas os chamados dividendos extraordinários, que derrubou o valor de mercado da companhia.
Questionado se a estatal poderá pagar os dividendos extras, Costa declarou que caberá à própria companhia tomar a decisão.
Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Não pagar os dividendos é interpretado pelo mercado como um sinal de menor atratividade (rentabilidade) da estatal.
Os dividendos extraordinários são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente, mas eles também não podem ser usados para investimentos.
Após a decisão da Petrobras, na semana passada, de não pagar os dividendos extraordinários, o valor de mercado da estatal registrou um tombo de R$ 55 bilhões.
Fonte: g1
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