Política

Gabrielli diz que casos de corrupção na Petrobras ocorreram após sua saída

Ele nega ter sido responsável por atos de corrupção sob investigação da força-tarefa e diz responder somente a processos que o acusam de omissão no âmbito administrativo.

O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que os casos de corrupção descobertos pela operação Lava Jato durante a sua gestão — entre 2005 e 2012— eram problemas antigos, cometidos, segundo ele, por funcionários de carreira da estatal. Ele nega ter sido responsável por atos de corrupção sob investigação da força-tarefa e diz responder somente a processos que o acusam de omissão no âmbito administrativo. Segundo Gabrielli, a Petrobras “cresceu e esteve a todo vapor” no período em que esteve à frente da empresa, entre os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. “Já saí da Petrobras há oito anos. Eu saí em fevereiro de 2012. No período que eu fiquei na Petrobras, a Petrobras cresceu. A Petrobras era uma empresa que estava a todo vapor. Depois que eu saí, a Petrobras teve uma série de denúncias em que apareceram vários problemas. Eram problemas muitos graves, mas que não eram problemas novos. Eram problemas antigos, em que as pessoas que estão envolvidas nesses atos são pessoas de carreira. Estavam lá há 20, 30, 40 anos. Portanto, são pessoas que estavam fazendo esse tipo de coisa há muito tempo”, afirmou Gabrielli em entrevista à rádio Metrópole na quarta-feira (4). “Depois que eu saí, evidentemente que vários processos começaram a existir. Eu não sou acusado. Lá se vão seis, sete anos, da operação Lava Jato, e eu não tenho nenhuma acusação na operação Lava Jato contra mim. Eu tenho vários processos administrativos, todos eles me acusando de atos de omissão, nenhum de atos cometidos por mim. Esses processos estão em andamento. Não têm nenhuma condenação ainda”, disse. Investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por ter supostamente cometido infrações disciplinares à frente da petrolífera, Gabrielli teve sua aposentadoria de professor da Ufba (Universidade Federal da Bahia) cassada em dezembro do ano passado, após decisão da CGU (Controladoria-Geral da União). Em janeiro, no entanto, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio de Noronha, concedeu uma liminar restabelecendo o pagamento do benefício. “Foi uma tentativa da Controladoria-Geral da União de tentar cassar minha aposentadoria como professor, depois de 36 anos e dois meses de contribuição por problemas alegados no âmbito da Petrobras, no âmbito do direito comercial e do direito empresarial. Mas utilizando uma legislação do regime jurídico único dos trabalhadores. O STJ não avaliou ainda ao mérito da questão, mas me deu uma liminar,e eu continuo recebendo minha aposentadoria de professor”, disse Gabrielli na entrevista. As informações são do

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