Fraudes com cartões de crédito e débito dobram no país

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De acordo levantamento realizado pelo portal Consumidor.gov, que faz intermediação de conflitos da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, as reclamações de fraudes no uso do cartão de crédito e de débito dobraram nos últimos meses.

Novos relatos foram feitos relacionados a cobranças ou saques não reconhecidos entre os meses de março e julho deste ano, comparadas ao mesmo período de 2019. Os registros saltaram de 1.154 para 2.445, ou seja, um aumento de 111,8%. A situação é bastante preocupante e tem movimentado o governo federal.

Para inibir o contínuo aumento de fraudes, a campanha #FiqueEsperto foi lançada pelo governo e mais nove entidades privadas para alertar usuários sobre segurança e tentativas de golpes na internet. Entre as instituições participantes estão a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Agência Nacional de Telecomunicações, a Associação Brasileira de Bancos e o Comitê Gestor da Internet no Brasil.

De acordo com Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, “esse não é um risco exclusivo para as transações bancárias, mas envolve a relação da população com os meios digitais e, por isso, a criação da cultura da segurança nesse ambiente é fundamental.

Segundo o diretor Volpini, os fraudadores intensificaram duas modalidades de ataque, se aproveitando do aumento do uso do comércio eletrônico durante a pandemia: o phishing, que cresceu 80%, e a utilização de técnicas de engenharia social, que estão vinculadas à 70% das fraudes.

Explicando de forma simplificadas, no phishing, os golpistas usam técnicas para obter informações por meio de sites falsos, capturando números de cartão e senhas, que usam para fazer transações fraudulentas. Já o golpe de engenharia social engana o usuário, levando-o a entregar informações e realizar compras com sentido de urgência.