Eleições 2018

'Financial Times' trata eleições brasileiras como as mais imprevisíveis da história

A publicação do Jornal Britânico retrata que investidores estão com receio de que os eleitores possam eleger um presidente que não esteja disposto ou seja incapaz de implementar reformas econômicas necessárias para equilibrar as contas do país.

O jornal britânico de economia Financial Times publicou nesta semana uma radiografia das eleições presidenciais no Brasil. Segundo o veículo, alguns analistas de mercado tratam a corrida presidencial como um ‘cenário de pesadelo’, da esquerda contra a extrema direita, e que poderia condenar o Brasil a mais quatro anos de lutas políticas terríveis. A publicação retrata que investidores estão com receio de que os eleitores possam eleger um presidente que não esteja disposto ou seja incapaz de implementar reformas econômicas necessárias para equilibrar as contas do país. O jornal britânico começa apresentando o líder nas pesquisas de intenção de voto, o militar Jair Bolsonaro. A publicação ressalta que o capitão reformado do Exército se comprometeu a manter uma agenda econômica liberal e trouxe o economista graduado na Universidade de Chicago, Paulo Guedes, para compor a equipe. Afirma ainda que Bolsonaro prometeu combater a criminalidade e que seu estilo político faz Donald Trump “parecer gentil”. O Financial Times traz Fernando Haddad (PT) como o escolhido por Lula para concorrer ao Planalto, depois que o ex-presidente foi impossibilitado de disputar a presidência. O texto destaca a rápida ascensão do petista nas pesquisas por conta da indicação de Lula, mas chama atenção para o fato do antipetismo poder atrapalhar possível vitória de Haddad. Ciro Gomes (PDT) é tratado como um político de centro-esquerda que apela aos eleitores que estão desiludidos com a corrupção. O texto ressalta que Ciro poderia se alinhar à esquerda em algumas políticas, como a ampliação dos gastos públicos. O jornal também chama atenção para a estagnada de Geraldo Alckmin nas pesquisas de intenção de voto. O texto avalia que o tucano está prestes a perder pela segunda vez a corrida ao Planalto por conta, segundo o jornal, de escândalos de corrupção envolvendo grandes partidos, a exemplo do PSDB. A respeito de Marina Silva, o Financial Times lembra que a ex-ministra do Meio Ambiente somou 22 milhões de votos em 2014, mas ainda não conseguiu grande impacto nos eleitores em 2018.

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