Filho rebelde

De menino prodígo, passou a ser jovem e irresponsável. O pai insistia nos bons conselhos, mas não pareciam surtir efeito. Ele gostava de festas, não media dinheiro e ridicularizava as observações vinda do pai. Os anos se passavam e o jovem não amadurecia.Com os cabelos brancos, sentindo-se aproximar a partida, o pai deixou o testamento para o filho. Após renovar os conselhos, o pai concluiu: ”Eu sei que

você fará pouco caso destas recomendações”. No final do testamento, colocou uma explicação. Tratava-se de uma pequena casa que ele havia construído no ponto mais afastado da propriedade .“Quando tudo der errado, quando você dilapidar todo meu patrimônio, quando todos os demais o abandonarem, só te restará uma solução. Na pequena por mim construída, há uma forca. Será seu destino lógico.

Amarre a corda ao pescoço e salte para o vazio”. Naturalmente o jovem riu da observação. Evidentemente o pai era de outro tempo, um pouco esclerosado até. O pai morreu e o jovem deu andamento ao seu projeto de vida. Passaram-se alguns anos e admitiu que estava falido, sem dinheiro, sem amigos e sem capacidade de recomeçar e por isso lembrou-se do conselho do pai. Dirigiu-se à

propriedade, deu um nó muito forte na corda e pulou. Mas o galho que sustentava a forca era de madeira oca. Com o peso, rebentou e dela caíram moedas de ouro, diamantes e jóias…Havia ainda, uma mensagem do pai:” Eu previ que você chegaria a isto, mas eu lhe dou uma segunda chance:você tem o suficiente para recomeçar de outra maneira, meu desejo é que você tenha aprendido com o erro.” Está é

a atitude de DEUS que é Pai. Este também é o comportamento de muitos dos seus filhos. Eles imaginam que pode ser felizes à sua maneira , deixando de lado os mandamentos do pai. Está é a atitude de um filho pródigo,relatada pelo evangelista Lucas. Deus é amor e nos criou por amor. Seu desejo é que sejamos felizes e – Ele mesmo– nos mostra o rumo e a maneira de sermos felizes. À

semelhança do filho pródigo, buscamos ser felizes à nossa maneira e desembocamos no país da fome e da solidão. E quando a saudade se torna insuportável, descobrimos que há um pai, de braços abertos, para nos acolher e restituir a herança desbaratada. Somos pobres demais para nos atrasarmos, lembra Tagore: mas vejo a porta ainda está aberta. Mensagem retirada do livro Na escola da vida de

Dom Itamar Vian e Frei Aldo Colombo