Certa vez um discípulo perguntou ao seu mestre:
– A simples presença de um mestre faz com que todo tipo de curioso se aproxime, para descobrir algo do que se beneficiar. Isso não pode ser prejudicial e negativo? Isso não pode desviar o mestre do seu caminho, ou fazer com que sofra porque não conseguiu ensinar o que queira?
O mestre respondeu:
– A visão de um abacateiro carregado de frutas desperta o apetite de todos que passam por perto. Se alguém deseja saciar sua fome além da sua capacidade, termina comendo mais abacates que o necessário e passa mal. Entretanto, isso não causa nenhum tipo de indigestão ao dono do abacateiro. O caminho precisa estar aberto para todos. Deus se encarrega de colocar os limites de cada um.
Os gerentes mais eficazes sabem o quanto é importante ensinar as boas práticas aos seus funcionários e dar abertura para que eles se aproximem, para sanar as dúvidas e absorver mais conhecimentos.
A posição mais sensata do gerente deve ser a de deixar que a aproximação aconteça e de dar liberdade para que os funcionários perguntem o que quiserem. Com isso, eles vão absorver experiências e se desenvolver profissionalmente.
Se, por acaso, entre os funcionários existir alguns que só querem se aproximarem por interesse mesquinho, o futuro se encarregará de mostrar a competência deles.
Retirado do livro “O que podemos aprender com os gansos 2″, do auto Alexandre Rangel.