Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta quarta-feira (13), o ex-comandante da Polícia Militar da Bahia, Anselmo Brandão, que agora faz parte da reserva, avaliou como positivos os seis anos em que ficou à frente do comando estadual e falou sobre a sua pré-candidatura a deputado federal na próxima eleição.
“A avaliação é positiva, esses seis anos pra mim foram anos de glória, porque eu com 40 anos de serviços prestados, nosso primeiro ponto foi cuidar dos policiais e eu cuidei com muito carinho. Eu via os policiais como meus filhos, meus amigos, e o cuidado partiu da gente primeiro observar suas condições de progressão de carreira. Fiz 24 mil promoções, fizemos alinhamento das suas condições de trabalho, trocamos o fardamento, conseguimos viaturas mais novas para que eles pudessem trabalhar, compramos armas modernas, como a pistola Glock, que tem um poder de fogo muito forte, avançamos na valorização do homem com novos cursos, capacitação, tratamento contra o suicídio, treinamentos, ou seja, temos hoje uma tropa mais feliz e mais tranquila. Então tenho só gratidão”, afirmou.
Ele destacou que a buscar por entrar na vida política se deve aos anos de luta pela segurança pública do estado e o desejo de trabalhar mais pela categoria.
“A escolha é decorrente do próprio trabalho. Passei seis anos na corporação e vi como é difícil fazer gestão sem política, temos que ter representação em Brasília, porque tudo passa por lá, a questão dos recursos. Temos um fundo de segurança, que está com recursos contingenciados de mais de R$ 5 milhões, temos que ter um lugar de fala, temos leis que atingiram os policiais da previdência, perdemos direitos e ganhamos outros. E outra coisa, o papel do deputado é melhorar as leis, pois são muito frágeis. E nós que cooperamos com a segurança sabemos o quanto este código penal e outras leis têm fragilizado à autuação das polícias”, destacou.
O ex-comandante disse ainda que fará parte da base do governador Rui Costa e que a escolha se dá como gratidão pela indicação ao cargo que ocupou.
“Estou aí para representar a base do governo, mas independente do resultado das eleições para o executivo nacional e aqui no estado, eu quero ter um lugar de fala, para levar e discutir os problemas do sistema de defesa social. Quero fazer minha gestão como uma pré-candidatura de centro, quero ser pacificador e levar os pleitos da minha categoria”, disse. (Por Laiane Cruz, com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade)