O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve prestar novo depoimento à Polícia Federal na tarde desta segunda-feira (22). Desta vez, no caso das joias da Arábia Saudita que o governo Bolsonaro tentou trazer ao Brasil sem declarar às autoridades.
A TV Globo apurou que o depoimento será colhido por videoconferência, já que o inquérito sobre as joias sauditas tramita em São Paulo.
Por isso, Mauro Cid não deve deixar o Batalhão da Polícia do Exército, onde está detido desde o último dia 3 em razão de outro caso: a suspeita de que o tenente-coronel teria agido para fraudar os cartões de vacinação de sua família, de Bolsonaro e da filha do então presidente.
Na semana passada, Cid e a esposa Gabriela também prestaram depoimento à PF sobre o caso dos cartões de vacina. O ex-ajudante de ordens optou pelo silêncio, mas Gabriela Cid admitiu ter usado o certificado falso de vacinação contra a Covid.
Mauro Cid e as joias
A Polícia Federal já sabe que foi o coronel Mauro Cid, quando ainda comandava a ajudância de ordens no governo Jair Bolsonaro, quem quem articulou tentativas para recuperar as caixas de joias que foram retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos.
Segundo depoimento do ex-assessor da Presidência Cleiton Henrique Holzschuk à Polícia Federal, Cid afirmou à equipe que as joias, uma vez recuperadas, iriam para o “acervo pessoal” de Bolsonaro.
Em um primeiro depoimento à PF, também em abril, o próprio coronel Mauro Cid afirmou que a busca pelas joias retidas começou com um pedido de Jair Bolsonaro.
Segundo alegou Cid à PF, Bolsonaro informou a ele em meados de dezembro de 2022 sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e pediu que ele checasse se era possível regularizar os itens. De acordo com Cid, não houve ordem de recuperação do presente por parte do ex-presidente, mas sim uma solicitação.
Fonte: g1
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