Artigo

Estupro e aborto

Não há nada pior que se possa oferecer a uma mulher grávida, em razão de um estupro, do que a opção de abortar a criança.

A história de uma jovem, Elizabeth, desmascara o mito de que o aborto serve para aliviar o trauma causado pelo estupro. A história é linda. Não há nada pior que se possa oferecer a uma mulher grávida, em razão de um estupro, do que a opção de abortar a criança.

“SOU ELIZABETH e vivo na Costa Rica. Estando na Universidade, sofri um estupro e fiquei grávida de uma lindíssima menina que quis abortar porque, claro, eu, uma jovem que me cuidava, uma moça tranqüila, não merecia ser mãe solteira. Eu tinha que abortar, mas um dia, a criança começou a mover-se. Então decidi receber terapia e disse a mim mesma: OK, eu a darei em adoção, não tenho que carregar uma criança que não pedi.

PASSARAM meses e já sabia, que seria menina. Era confuso, porque eu a odiava e a amava ao mesmo tempo. Como amar algo de um ato tão ruim? Enquanto passava por essa confusão de sentimentos nasceu minha princesa. Quando acordei da cirurgia, Deus colocou umas maravilhosas enfermeiras que com amor me diziam: “Veja que menina tão linda”. Desde pequena, sempre que brincava com minhas irmãs e amigas, dizia: “Quando tiver uma filha, ela se chamará Gaudy”.

QUANDO fui vê-la no berçário, porque nasceu doentinha, essa que não merecia nada de mim, presenteava-me com seu sorriso, olhava-me com olhinhos de amor. Sim, essa bebê roubou o meu coração. Graças a minha psicóloga e a todos os que me ajudaram, sou feliz, sobrevivi e dou graças a Deus porque tenho o melhor presente que a vida me pôde dar: minha filha. É meu tudo, minha princesa.

JÁ PASSARAM nove anos desde a sua chegada e graças a isso sou uma mulher mais humana e forte. E sei que o aborto teria piorado minha situação, já que não posso ter mais filhos e ela é minha bênção. Nunca o aborto é uma solução. Obrigada, filhinha. Tu fazes da minha vida um lugar cheio de amor e esperança. Ato tão ruim que supõe um estupro não se pode sanar com outro mais doloroso que o primeiro. Abortar nunca ajudará a vítima de um estupro a superar o trauma. E piora a situação.

NÃO QUERO julgar. Sei como isso é horrível, mas abortar nunca. Fui criada com a certeza de que maldade com maldade jamais ajudará a ninguém, mas se, pelo contrário, dá amor, isso dará frutos e receberás amor. Hoje sou mãe de uma bênção. Sou feliz, isso eu garanto.”

+ Itamar Vian
Arcebispo Emérito
[email protected]

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