Por Vladimir Aras
Os supostos estudantes que invadiram a USP não imaginavam tamanha confusão. Tantas nobres causas pelas quais lutar e esses “rebeldes” sem uma que valha a pena.
Da invasão do prédio da Faculdade de Filosofia e da reitoria da universidade, passaram ao dano a bens públicos. Paralisaram o trabalho dos servidores e várias aulas na cidade universitária. Nada de “paz e amor”.
Então veio a ordem judicial de desocupação, que foi descumprida, e o mandado de reintegração de posse. A Polícia Militar agiu com profissionalismo, liberou o prédio e prendeu os recalcitrantes. Tudo no script, como em qualquer Estado de Direito.
Agora, essa minoria de estudantes anuncia uma greve geral. Isto deve ser mais uma invenção brasileira. Greve estudantil… Os gazeteiros vão adorar.
O grupo inicial que se opôs à ação policial estava ali em prol da maconha, e só. Não há como lançar uma cortina de fumaça sobre isto. Que fizessem uma manifestação pacífica em favor dos seus colegas maconheiros, tudo bem. O Brasil é uma democracia. Mas os manifestantes alegam que suas reinvidicações são outras. Balela. O País inteiro viu. Toda a baderna começou em 27/out quando a Polícia Militar, agindo estritamente dentro da lei, deteve três usuários de droga dentro do campus e os levou para a Delegacia, para lavratura de termo circunstanciado pelo crime do art. 28 da Lei de Drogas.
Onde há usuários, há traficantes. Ninguém precisa estudar matemática para entender esta equação. Uma aulinha de Economia ajudaria. É a lei da oferta e da procura, amigos. Todo mundo sabe o que vem junto com o tráfico de drogas! E muitos desses universitários devem ter assistido a Tropa de Elite e vibrado com a truculência do “capitão Nascimento”.
Agora 72 deles estão presos por desobediência (art. 330 do CP) e dano qualificado (art. 163, parágrafo único, inciso III, do CP) e “pedem para sair”. O delegado de Polícia foi compreensivo. Havia fixado fiança de R$1.050,00. Depois reduziu o valor para R$545,00. É mesmo! Estudante paga meia!