Em visita a Feira de Santana na manhã desta terça-feira (28), para participar de solenidade na Câmara de Vereadores para devolução de recursos ao poder executivo municipal, que foram economizados pela Casa Legislativa, o senador Otto Alencar destacou que a ação dos vereadores se constituiu em um dever cumprido, a ser seguido como exemplo por todos.
“Aquilo que é importante você respeitar, o erário, os recursos públicos, da melhor forma possível, eu acho que deve ser um exemplo para todo mundo, não é favor, é dever que você está cumprindo, procurando aplicar os recursos corretamente. Então, na Casa, aqui na Câmara, o Fernando Torres, presidente da Câmara, fez isso, e resultou em uma devolução para o município de 2 milhões e 400 mil reais. Ele falou em segurança, eu acho que a segurança é fundamental”, afirmou o senador.
Ele destacou que Feira de Santana é uma cidade violenta por ser um grande entroncamento rodoviário, e a crise social aumenta mais essa situação.
“Nada no Brasil é pior do que você ver um jovem ou uma pessoa, até de idade, acordar e olhar para frente e não enxergar o futuro. O futuro do emprego, da renda, de sustentar a sua família, de ter uma atividade profissional. Isso é muito doloroso, você ter um país com 215 milhões de brasileiros e hoje você ter 104 milhões deles com a renda de até R$ 450. Agora com o Auxílio Brasil, que poderia ser maior, vai melhorar alguma coisa, o dinheiro circula, aquece o Mercado Interno, que é muito forte. Uma economia como a nossa, que hoje gera um Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 8 trilhões de reais”, salientou.
Para Otto Alencar, a desigualmente de renda no país é algo que já vem de muito tempo, mas o governo Bolsonaro também tem culpa, por não ter feito nada.
“O maior produtor de alimentos do mundo, que exporta para o mundo inteiro, tem gente passando fome, tem alguma coisa errada na distribuição da renda no Brasil. Você não pode ter o maior produtor de soja, de milho, de carne bovina e outros produtos que você exporta, e ter gente passando fome dentro de um país que é praticamente auto-suficiente nos alimentos, ter gente passando fome, tem alguma coisa errada e não é de agora. Já vem de muito tempo, Bolsonaro tem muita culpa nisso, muita culpa, em três anos não fez nada que pudesse resolver, mas já é uma coisa sistêmica, que vem de muito tempo. Já está praticamente contextualizado na história do Brasil, do Brasil Império, do Brasil do Golpe Militar de 64, do Brasil República algumas vezes, do Brasil ditatorial de Getúlio Vargas. Vem se arrastando há muito tempo e é preciso dar um basta nisso, diminuir esse distanciamento desse fosso social que ainda existe no país, também em Feira de Santana, na Bahia e em vários lugares”, declarou.
Reeleição
O senador afirmou também que defende a sua reeleição para o senado dentro do seu grupo político. Para ele, a eleição está antecipada.
“Tenho construído ao longo desse tempo um trabalho no Senado. Agora mesmo, eu passei por um momento difícil da minha vida, que foi a CPI. Não foi fácil a CPI, inclusive, eu contraí a doença dentro do Senado Federal. Eu tive Covid, me contaminei no Senado Federal. Temos que agradecer a Deus, concluí mais um ano, e no próximo ano vamos tomar a decisão, mas na verdade, eu defendo a possibilidade de, dentro do meu grupo, que é o grupo do governador Rui Costa, do ex-governador Jaques Wagner, Ângelo Coronel, a possibilidade da minha reeleição para o Senado. Eu tenho ajudado muito a Bahia como senador, tenho ajudado ao governador e vou continuar ajudando. Também os municípios, agora mesmo nessa crise causada pelas chuvas torrenciais, praticamente, Deus me iluminou, eu consegui antecipar muitas emendas para vários municípios que estão sofrendo, no caso de Iguaí, Arataca, ilhéus, Anagé, Belo Campo, Ibirataia, Itarantim. Todos os municípios da área mais sofrida, Prado, lá no extremo Sul da Bahia. A área mais sofrida desse período em que as chuvas, que não estavam previstas, se abateram sobre o nosso estado da Bahia.” (Por Laiane Cruz, com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade)