PEC dos Precatórios

'É um calote, um factoide', diz deputado Zé Neto sobre PEC dos Precatórios

A votação aconteceu na última terça-feira (9) na Câmara dos deputados.

Com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/21 aprovada na última terça-feira (9) pela Câmara dos Deputados, que busca a aposta do governo para viabilizar o programa social Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família, o deputado federal Zé Neto (PT), que também participou da votação, justificou, nesta quinta-feira (11), na Câmara de Vereadores o seu voto contrário a PEC no plenário.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o deputado destacou que assim como seu partido, defende as necessidades da população, mas que votou contra a PEC porque na proposta de emenda, os deputados não dividiram o Auxílio Brasil com o teto de gastos para o orçamento político em 2022.

“O PT nunca votou contra o auxílio. Tinha uma medida provisória que poderia evoluir para somente debater o auxílio e eles não fizeram a votação. Pegaram um calote de R$10 bilhões na Bahia, mais de R$60 bilhões no Brasil e colocaram essa emenda junto. Há uma abertura de espaço orçamentário para construção desse auxílio. É obvio que não vou votar contra a Bahia, para gente perder R$10 bilhões por conta que eles não quiseram votar o Auxílio Brasil separado, é malandragem. Não tem essa história de que ninguém votou contra o Auxílio Brasil, o que nós votamos contra foi no calote, na mentira, na chantagem que eles fizeram”.

Questionado se o voto contra a PEC poderia influenciar nas eleições de 2022, o deputado ponderou que não afetaria o seu grupo político, já que votou contra o ‘calote’ proposto pela Câmara.

“É uma fake news, não pode comprometer uma eleição de um partido que mais construiu políticas públicas para este país, até porque o Bolsa Família ficou por 18 anos. Todos sabem que a nossa perspectiva era ampliar o Bolsa. No projeto de lei não tem nada de Auxílio Brasil, a PEC é um factoide que eles criaram. Ninguém aqui é contra o Auxílio Brasil, o que nós somos contra é o auxílio durar apenas um ano, durar até o período eleitoral. Isso não é um auxílio, isso não é um programa”. (Por Maylla Nunes, com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade) 
 

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