Políticas administrativas resultantes de parcerias precisam ser mais praticadas. Principalmente porque esse é o meio de demonstrar que os interesses sociais estão acima das diferenças partidárias. Felizmente, a relação entre o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), está tendendo por esse caminho. Um exemplo é o chefe do executivo municipal ter oferecido a verba de emenda do deputado estadual Colbert Martins (PMDB) para a reforma do Centro de Convenções, que é obra do Estado. O governador, por sua vez, pediu ao prefeito para pagar os salários atrasados de funcionários terceirizados do Hospital Estadual Clériston Andrade. Quem ganha com esse entendimento? Nós, é claro! Falta o mesmo acontecer entre o prefeito e os deputados federal Fernando Torres (DEM) e estadual José Neto (PT). Enquanto eles dão espaço para intrigas políticas, Feira de Santana corre o risco de perder R$ 11 milhões em emenda federal, com contrapartida estadual. Isso é que não podemos admitir.

E por falar em não admitir, é lamentável a possibilidade de partidos políticos estarem por trás das ações de black blocs no Brasil. Podemos aceitar que para chegar ao poder, desgastando a situação, políticos incentivem a destruição do país com badernas e atos extremos que resultam em tragédias, como a morte do cinegrafista Santiago Andrade? É fácil concluir que há alguma organização ou alguém por trás de Caio Silva, o suspeito de acender e soltar o rojão que atingiu o funcionário da TV Bandeirantes. Afinal, quem está pagando o advogado para defender um rapaz humilde, que ficou hospedado em uma pousada de Feira de Santana, com diária de R$ 30,00?

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