Feira de Santana

Diretor do HDPA revela por que deixou cargo de secretário no auge da pandemia em Feira

Na avaliação dele à época, iria contribuir mais com a cidade, atuando fora do governo.

Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade
Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade

Laiane Cruz

Após ter passado um curto período à frente da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, em 2021, o cardiologista e diretor médico do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), Edval Gomes, comentou nesta quarta-feira (17) sobre os motivos que o teriam levado a pedir demissão do cargo.

Ele assumiu a pasta no dia 12 em janeiro de 2021 e foi exonerado no dia 11 de março do mesmo ano, em um período em que os casos de covid-19 no município não paravam de subir e precisou lidar com a superlotação de leitos na cidade por pacientes em estado grave.

Questionado sobre o por quê do pedido precoce de exoneração, o médico alegou questões familiares e pessoais, mas também deu a entender que situações ideológicas e políticas podem ter influenciado a decisão.

“A expectativa de todo feirense é se sentir digno de ir ao posto de saúde, que atenda bem, que dê assistência de qualidade, e que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também seja assim, que o paciente não fique humilhado três ou quatro meses esperando para operar um punho, um tornozelo, é o que a gente espera de uma cidade do porte de Feira de Santana, que é a 6ª maior cidade do interior do país. E acho que há condição da gente caminhar. Tudo isso é um processo lento, progressivo, e às vezes o tempo do ser humano, não é o mesmo da política, da cidade, da cultura, então a gente tem que lutar por isso, mas nem sempre é rápido como a gente imagina”, pontuou em entrevista ao Acorda Cidade.

Na avaliação dele à época, iria contribuir mais com a cidade, atuando fora do governo.

“Compreendi que minha atuação seria melhor fora da Secretaria de Saúde, ajudando na discussão da saúde pública, dentro da universidade, do setor público, que é onde hoje me enxergo mais e onde executo mais o meu papel. Por questões individuais, que envolvem minha família e pessoais, preferi deixar, e conversei com Colbert com tranquilidade, que é meu amigo e irmão, professor da universidade, que entende bem as questões profissionais, mas foi uma experiência maravilhosa. Tudo tem condições de melhorar e acho que a secretaria naquela ocasião tinha muito espaço para aprimoramento e melhoria, o que gera em nós uma expectativa”, disse.

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Rosemary Araújo

É só tirar um pouco dos super salários e mordomias dos vereadores, deputados, senadores, ministros do supremo e do judiciário que, vai sobrar para ajudar pagar os enfermeiros e etc . Mas …como sabemos que não há interesse por parte deles, tá difícil!

Cidadão feirense

É óbvio! Viu tanta miséra que acontece nessa Roubalharia da Saúde, que se saiu logo! Servidor público estutário vai querer se misturar com o que não presta?? Certo ele!