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A presidente eleita, Dilma Rousseff, estuda com a futura ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, a jornalista Helena Chagas, como vai estruturar os contatos diários com a imprensa e os recados periódicos ao País. A mudança, entre outros fatores, deve-se a uma questão de estilo: Dilma não tem o gosto e desenvoltura para falar em público como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Pelo menos no início do governo, o mais provável é que sejam mantidos o programa de rádio Café com o Presidente e a coluna impressa O Presidente Responde. Em especial no segundo mandato, Lula intensificou o contato direto com os jornalistas e encarou o "paredão da imprensa" e as entrevistas em chegadas e saídas de eventos públicos como parte da comunicação institucional da Presidência da República.
Em contato com fontes da equipe da transição, o Estado apurou que a presidente eleita dá valor a essa comunicação quase diária e quer "manter uma relação que permita sinalizar as intenções do governo".
No entanto, Helena Chagas deve ter mais voz e mais presença pública do que tem hoje o também jornalista Franklin Martins, titular da Comunicação Social no governo Lula. A jornalista pode vir a funcionar mais como uma autêntica porta-voz da Presidência.
Por ser ministro de um presidente que "fala sobre tudo", Franklin Martins tem sido mais um conselheiro político e estrategista de imagem do governo Lula. No fim de mandato, coordenou trabalhos como o anteprojeto do marco regulatório das telecomunicações.
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A tarefa de controlar e distribuir a verba pública de publicidade ficará a cargo de Yole Mendonça, atual secretária de comunicação integrada da Secretária de Comunicação Social. Yole Mendonça substitui Ottoni Fernandes Júnior, que deixa o governo no fim do ano. Yole Mendonça está na Secom desde 2007, onde chegou depois de ocupar o posto de gerente executiva do Banco do Brasil. É formada em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem um MBA em marketing pela Coppead-UFRJ e outro em Formação para Altos Executivos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). As informações são do Estadão.