Dilton e Feito

Dilma amansa a cúpula do PMDB com a reforma ministerial

Em reunião com Temer, a presidente afirma que reforma ministerial ainda não está decidida e que pensará sobre o assunto no fim do mês.

Horas antes do jantar da cúpula do PMDB no Palácio do Jaburu, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com o vice-presidente Michel Temer e disse que ainda não bateu o martelo sobre a reforma ministerial e que só pensará sobre o assunto após o dia 29, quando retornará das viagens a Davos, na Suíça, e a Cuba. Na segunda-feira, a presidente avisou o mesmo Temer que não teria como ampliar o espaço do PMDB na Esplanada, o que, em tese, inviabilizaria a indicação do senador Vital do Rêgo (PB) para o Ministério da Integração Nacional. A notícia irritou o comando partidário, que marcou para a noite de ontem um jantar com a presença dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, os líderes no Congresso – Eduardo Cunha e Eunício Oliveira – e os cinco ministros do partido. Um deles, em conversa na manhã de ontem, reconheceu que o partido está fragilizado e com pouco poder de barganha. “Dilma está forte no Nordeste, onde Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE) não conseguem avançar. Nós temos tempo de televisão para oferecer, mas ela já é bastante conhecida”, resumiu o ministro. Segundo o Estado de Minas,esse mesmo integrante do primeiro escalão afirmou que o PMDB poderia diminuir a pressão pela Integração caso fosse contemplado com a Secretaria dos Portos, que virou um filão de recursos após as concessões para modernização do sistema. “Não tem nada decidido (quanto à indicação do senador Vital do Rêgo). Não queremos passar a impressão que estamos colocando uma faca no pescoço da presidente Dilma Rousseff”, minimizou o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).
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