A zamioculca, com suas folhas brilhantes e estrutura escultural, conquistou espaço em casas e escritórios como uma planta resistente e de baixa manutenção. No entanto, mesmo sendo considerada quase “à prova de erro”, ela dá sinais claros quando algo não vai bem — e o caule mole e murcho é um dos mais alarmantes. Se você já percebeu sua zamioculca ficando flácida ou com aparência decaída, é hora de investigar e corrigir o problema antes que a planta comprometa sua saúde por completo.
Entenda por que o caule da zamioculca fica mole
Um dos principais motivos para a zamioculca apresentar caules murchos está relacionado ao excesso de água. Ao contrário do que muitos imaginam, essa planta armazena água em seus rizomas subterrâneos, funcionando como um verdadeiro “reservatório” natural. Quando o solo permanece úmido por muito tempo, os rizomas começam a apodrecer — e os caules refletem esse desequilíbrio ficando moles, escuros e envergados.
Outros fatores também podem colaborar para esse sintoma: drenagem ineficiente, vaso sem furos, substrato compactado ou até falta de luz. Cada um deles exige uma abordagem específica, mas todos têm solução.
Regue sua zamioculca do jeito certo
A zamioculca precisa de muito menos água do que a maioria das plantas tropicais. O ideal é regar apenas quando o solo estiver completamente seco. Isso significa que, dependendo da região e da estação do ano, você poderá regar apenas a cada 15 ou até 20 dias.
Evite seguir uma agenda rígida de regas. Em vez disso, use o método do dedo: enfie-o até a segunda falange no substrato e só regue se não sentir umidade. Outra boa alternativa é usar um medidor de umidade para acompanhar o nível com mais precisão.
Escolha um vaso com boa drenagem
O tipo de vaso influencia diretamente na saúde da zamioculca. Vasos sem furos ou com drenagem ineficiente retêm a água por mais tempo do que o necessário. Prefira modelos de cerâmica ou barro com furo no fundo e, se possível, coloque uma camada de pedrinhas ou argila expandida antes do substrato.
Esse cuidado simples evita o acúmulo de água nas raízes, prevenindo o apodrecimento e mantendo os caules firmes por muito mais tempo.
Use o substrato adequado
Outro fator que muitas vezes passa despercebido é o tipo de terra usado. A zamioculca precisa de um substrato leve, solto e com alta capacidade de drenagem. Uma mistura ideal pode incluir:
- 2 partes de terra vegetal
- 1 parte de areia grossa
- 1 parte de perlita ou carvão vegetal triturado
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Esse tipo de mistura permite que o excesso de água escorra com facilidade, mantendo o ambiente das raízes arejado e saudável.
Evite luz direta, mas garanta luminosidade
Apesar de tolerar locais com pouca luz, a zamioculca cresce melhor em ambientes iluminados, com luz indireta. Se o local for escuro demais, a planta pode se debilitar, crescendo de forma lenta e estiolada, com caules que perdem vigor.
Coloque sua zamioculca próxima a janelas com cortinas leves ou em varandas protegidas. A luz suave ajuda na fotossíntese e mantém a estrutura da planta firme e viçosa.
Faça podas preventivas na zamioculca
Se algum caule já estiver completamente murcho ou escurecido, a melhor atitude é removê-lo. Use uma tesoura de poda limpa e corte o caule na base. Essa prática evita que a planta gaste energia tentando recuperar uma parte já comprometida e permite que ela concentre esforços em novos brotos.
Após a poda, reduza a rega e fique atento ao surgimento de novos sinais de enfraquecimento.
Transplante se necessário
Se a planta estiver há muito tempo no mesmo vaso, o substrato pode estar saturado ou compactado demais. Nesse caso, vale a pena fazer o replantio. Retire a zamioculca com cuidado, corte as partes apodrecidas dos rizomas com uma faca esterilizada, e coloque a planta em um novo vaso com substrato fresco e bem drenado.
Esse processo de recomeço pode revigorar a planta e fazer com que ela recupere seu porte original em pouco tempo.
Quando a zamioculca se recupera
Depois de ajustado o manejo, é comum que a zamioculca demore algumas semanas para reagir. Diferente de plantas mais rápidas, ela é lenta, mas constante. O sinal de que tudo está indo bem é o surgimento de novos brotos firmes e folhas brilhantes saindo direto do solo.
Evitar que a zamioculca fique com o caule mole é, na verdade, uma questão de respeito ao seu ritmo natural. Ao compreender suas necessidades e evitar excessos, você garante uma planta bonita, resistente e duradoura, pronta para deixar qualquer ambiente mais verde e elegante.
