Nesta segunda-feira, dia 13 de junho, é celebrado o Dia de Santo Antônio, também conhecido como Santo Casamenteiro, que segundo a crença, ajuda na união de pessoas a partir de simpatias e de uma devoção muito presente.
Mas o pedido da dona de casa, Edcleya Lima da Silva, moradora do bairro Capuchinhos em Feira de Santana, não foi para ‘arranjar’ um companheiro, mas sim, ter a honra e a felicidade em pode enxergar a vida com mais cor.
Foi no dia 17 de janeiro deste ano, que o resultado do pedido veio. Os médicos diziam que nada poderia ser feito e que a cirurgia poderia até piorar a situação, mas ela acreditou que daria certo, realizou os procedimentos cirúrgicos e passou a enxergar parcialmente.
“Hoje eu tenho 42 anos de idade, e quando nasci, eu já tinha o problema nos dois olhos, inclusive os médicos que acompanhavam o meu caso, diziam que infelizmente, o meu quadro não iria mudar, que não tinha o que ser feito. Eu moro aqui próximo da Igreja, passei a frequentar os Capuchinhos desde os meus 15 anos de idade e a partir daí, eu sempre estava intercedendo para Santo Antônio, que Ele pudesse me abençoar, que eu pudesse voltar a enxergar. O que eu enxergava, era apenas algumas imagens turvas, mas não era nada nítido, e depois de muitas orações, intercessão, promessas, consegui realizar o meu procedimento cirúrgico em Salvador, e hoje tenho 97% da visão do olho direito, já o olho esquerdo, eu tenho apenas 25%, e o médico orientou que eu não fizesse mais procedimento, porque poderia ser pior. Eu tive essa honra, essa felicidade, de dizer que sim, estou enxergando neste ano. Foi no dia 17 de janeiro que eu tive essa graça e serei sempre grata ao nosso Santo Antônio”, relatou.
Pároco da Igreja Santo Antônio dos Frades Capuchinhos, o Frei Liomar explicou que a data 13 de junho, marca o dia da morte do Santo, que morreu com apenas 36 anos de idade.
“O dia 13 de junho, é o dia em que Ele morreu, Santo Antônio morreu no dia 13 de junho 1231 com apenas 36 anos de idade, e a história que Ele tem para nos oferecer, é que Santo Antônio nos ensina amar a Deus, adorar a Deus, ter o contato com o nosso Jesus Cristo, ser o verdadeiro homem, ser a verdadeira mulher da palavra de Deus, da escuta, da palavra, sobretudo da vivência”, disse.
Sobre ter a fama de ‘Santo Casamenteiro’, o Frei Liomar explicou como se originou.
“Essa questão do Santo ser casamenteiro, se associou por conta de uma lenda de uma jovem donzela, que estava louca para casar, tinha aquele desejo, mas não encontrava um companheiro. Até que um dia, ela ficou chateada, jogou a imagem de Santo Antônio pela janela e acertou em um homem que passava pela rua. De imediato, ela foi ajudar este homem, e a partir daí, surgiu um romance, se casaram, e por conta disso, foi atribuído ao Santo, de ser casamenteiro. Porém Santo Antônio é muito mais do que isso, Santo Antônio nos aponta para o verdadeiro casamento que seria o casamento de alma, entre a humanidade e Deus, este é o verdadeiro sentido dizer que Santo Antônio é um santo casamenteiro, é um ser humano desta busca pela sua identidade religiosa, por este ser transcendental que para nós cristãos católicos, tem o nome que é o nosso Senhor Jesus Cristo”, afirmou.
Sendo verdadeira a lenda ou não, uma história parecida, aconteceu com uma amiga do Frei Liomar. Ao Acorda Cidade, ele contou que a mulher sempre foi devota de Santo Antônio e algo inusitado, aconteceu no quintal da residência.
“Eu tenho uma amiga, que ela sempre foi devota de Santo Antônio, ela sempre dizia que queria casar, ela é até de Vitória da Conquista. Eu sempre perguntava, como é que você quer casar, se você não sai nem de casa? Mas ela sempre me respondendo que iria casar, porque tinha a confiança em Santo Antônio. Um certo dia, ela que morava ao lado de um hotel, algo caiu em seu quintal, da janela de um dos quartos. Quando ela foi entregar este objeto, a pessoa, era um homem italiano, se conheceram naquele dia, conversaram, e resultado, se apaixonam e casaram, hoje moram na Itália”, brincou.
Os Frades Capuchinhos estão completando 72 anos em Feira de Santana. Segundo o Frei, foi por conta dessa chegada, que a Igreja teve como padroeiro, Santo Antônio.
“Essa escolha se deu por conta dos Frades que aqui chegaram há mais de 70 anos aqui na cidade de Feira de Santana, exatamente há 72 anos. Aqui trouxeram essa tradição de participar da nossa cultura dos Frades europeus, que é uma figura muito bem acolhida, muito bem aceita, aliás Santo Antônio é um Santo de maior devoção do nosso nordeste, do nosso Brasil, e nós tivemos a grata felicidade dos Frades trazerem esta figura, esta grande representatividade, o nosso grande Santo como nosso padroeiro, como nosso patrono para que deste modo, o povo de Feira de Santana, pudesse então contar com este auxílio glorioso que é Santo Antônio”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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