Política

Deputados baianos criticam crise do governo Bolsonaro

"Aqui em Brasília não faltam novidades. Aqui nem precisa ter bancada de oposição. Basta ficarmos sentados esperando a base do governo se afogar sozinha", destacou o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB).

A crise instalada no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) virou motivo de piada para setores oposicionistas. Comunistas baianos ouvidos pela Tribuna da Bahia ressaltam que o Palácio do Planalto se envolve em um turbilhão de escândalos sozinha e que a oposição pouco precisa agir para que as polêmicas ganhem força. "Aqui em Brasília não faltam novidades. Aqui nem precisa ter bancada de oposição. Basta ficarmos sentados esperando a base do governo se afogar sozinha", destacou o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB). O parlamentar destaca que os áudios vazados de conversas entre o ex-ministro Gustavo Bebianno e o próprio Bolsonaro põem em cheque a credibilidade do governo. "Está claro que quem está mentindo é o presidente." Para a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), "há uma desintegração a cada hora". "Uma demonstração de instabilidade, de inconsistência, tanto dele, como do governo dele, como da bancada que o sustenta aqui. Eles se canibalizam. O Brasil está no desgoverno. Eles tentam imprimir uma desconstrução do Estado. É uma situação perigosa para o futuro do país", alfineta. "Acho que tem o resultado eleitoral, mas acho que a população tem que estar atenta, porque a cada momento percebemos que eles não têm condições de comandar o Estado brasileiro. É um governo formado pela farda, pela toga, pela banca do Guedes. Mas quem manda mesmo é o clã. A divulgação desses áudios comprova que o rapaz não estava mentindo. Ele conversou com o presidente. É uma situação muito complicada", continua. Nesta semana, a Câmara infligiu a primeira derrota ao governo do presidente Jair Bolsonaro no plenário e derrubou o decreto que alterou as regras da Lei de Acesso à Informação. Se entrar em vigor, ele tornará sem efeitos o decreto assinado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, no dia 24 de janeiro, que alterou as regras de aplicação da LAI e permitiu que ocupantes de cargos comissionados da gestão, em muitos casos sem vínculo permanente com a administração pública, possam classificar dados do governo federal como informações ultrassecretas e secretas. "Ele sofreu uma derrota gigante. Ele queria dar para mais de 198 cargos da administração pública o direito de decretar documentos públicos como sigilosos ou reservados, alterando a Lei de Acesso à Informação. Perdeu no Plenário. A frente de centro-esquerda manifestou-se na pauta. Nós ganhamos a votação", completa a comunista.

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