Na coluna Tempo Presente de domingo (01), o jornalista Levi Vasconcelos falou sobre o escândalo envolvendo Demóstenes Torres. Segundo Levi, "o DEM, já minguado pelos mesmos mecanismos que ele tanto cultivou nos seus tempos de PFL, vive como se estivesse a pagar um carma sem fim. Em 2006, Roberto Arruda, do DF, o único eleito pelo partido, acabou preso, teve que renunciar, desmoralizado num mar de corrupção. Agora vê uma das suas últimas estrelas, o senador Demóstenes Torres (GO), se apagar numa torrente de lama. Demóstenes era uma referência da imprensa nos tempos do mensalão. Botava o pé no corredor do Senado, uma legião de repórteres caía em cima. Nunca emparedava pessoas, ia sempre aos fatos. Era retilíneo dentro de uma dignidade como credencial para o exercício da representação popular. Saber que tais predicados eram falácia de quem vivia com um pé na marginália, é ruim não só para o DEM, mas para o país. Nos induz a desconfiar sempre de todos. Só reforça a tese de que política é sinônimo de safadeza. O lado bom é ver a máscara cair. Não são poucos os que roubam e ainda colhem aplausos pelo feito do qual surrupiou parte e os que atacam para esconder suas mazelas. No Brasil colonial muitos brocavam imagens sacras feitas em madeira para enchê-las de ouro e assim driblar a coroa, daí a expressão, santo do pau oco. Os tais apostam que nunca serão flagrados. E o pior, na maioria das vezes acertam. Para nossa sorte, Demóstenes deu azar."
Dilton e Feito
Demóstens Torres: Santo do pau oco
Não são poucos os que roubam e ainda colhem aplausos pelo feito do qual surrupiou parte e os que atacam para esconder suas mazelas.
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