O prefeito Colbert Martins vai revogar o decreto municipal publicado no último sábado, sobre restrições ao funcionamento dos templos religiosos durante a pandemia de coronavírus, informou nesta terça-feira (8) o presidente da Câmara, vereador José Carneiro (MDB). O contestado decreto determinava limite de 50 pessoas (Desde o dia 02 de setembro, decreto estadual permitia a realização de eventos com a presença de até 100 pessoas), obrigatoriedade do registro de nome e endereço de quem estava entrando no templo, aferição de temperatura, distanciamento entre as pessoas e impedimento de contato físico do líder religioso com as demais pessoas. Segundo o presidente da Casa da Cidadania, o prefeito teria ouvido de um religioso a sugestão com as exigências. “Ao perceber as manifestações de líderes religiosos, imediatamente decidiu pela revogação. Tenho certeza que atendeu esta solicitação equivocada com o objetivo de dar mais segurança à população no combate a Covid-19”.
Vereadores analisam
O vereador Edvaldo Lima disse que no domingo, ao se deparar com o decreto, imaginou que "não era obra do prefeito, afinal, em cinco meses, ele não apresentou barreiras aos evangélicos e não iria fazer agora". Como tentou, sem êxito, falar com Colbert, gravou um vídeo reclamando das medidas. "O prefeito me ligou e se comprometeu de revogar. E eu o parabenizo". Quanto ao "líder religioso" que teria feito as sugestões, "com toda certeza, está trabalhando contra e quer atingi-lo”. O líder governista na Câmara, Marcos Lima (DEM), tambem evangélico, chamou a atenção do prefeito, ao perceber a insatisfação de várias pessoas, inclusive de vereadores e deputados. "Ele me disse, de pronto, que reeditaria o decreto". Cadmiel Pereira (DEM) levou ao chefe do Poder Executivo questionamentos feitos por bispos, pastores e padres e o gestor foi sensível as demandas. "Percebendo que o decreto precisa ser revisto, ele mostrou grandeza e humildade”. Lulinha (DEM) esclareceu que o prefeito nunca perseguiu evangélicos e sempre respeitou todas as religiões. "Escutou os líderes religiosos, entendeu que o decreto deve ser revogado e vai revogar".