Comunicação

Dia Mundial do Radioamador: conheça o universo das comunicações via rádio

Foi neste dia, em 1925, que a União Internacional de Radioamadores (IARU) foi criada em Paris.

Radioamador
Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira, 18 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Radioamador, data que homenageia os entusiastas da comunicação via ondas de rádio em todo o planeta. Para marcar a ocasião, o Acorda Cidade conversou com dois radioamadores de Feira de Santana: Denilson Chaves e Marcone Leão, que compartilharam suas histórias e explicaram como funciona essa atividade que, embora muitas vezes confundida com o rádio comercial, é um hobby regulamentado e cheio de possibilidades.

Com mais de 30 anos de experiência, Denilson Chaves, que é deficiente visual, mantém uma estação de rádio em casa e é apaixonado pela prática desde a juventude. “Sempre gostei de rádio, desde criança. Comecei ouvindo ondas curtas e percebi que algumas pessoas conversavam entre si. Isso me chamou atenção. Um dia ouvi um colega daqui de Feira e fui até a casa dele. Fui muito bem recebido e a partir daí mergulhei nesse mundo”, contou ao Acorda Cidade.

Denilson Chaves
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade | Denilson Chave

Segundo Denilson, para se tornar radioamador é necessário passar por uma prova aplicada pela Anatel, que avalia conhecimentos sobre ética operacional e legislação. A partir da aprovação, o interessado pode operar equipamentos de diferentes faixas, como VHF, UHF e HF, cada uma com seus próprios alcances e características.

“As possibilidades são muitas. Você pode ter uma estação simples de R$ 1.500 ou investir até R$ 100 mil, dependendo do seu objetivo. Dá para falar com o Japão, China, Estados Unidos, desde que tenha antenas adequadas e aproveite os horários com melhor propagação”, explica Denilson.

Outro nome forte da radioamadorismo na cidade é Marcone Leão, que atua há mais de 40 anos e também começou como operador do chamado “rádio cidadão” – a faixa do PX, muito usada por caminhoneiros e operadores locais.

Marcone Leão
Foto: Arquivo Pessoal | Marcone Leão

“O rádio me ajudou muito, principalmente porque eu era muito introvertido. Comecei com um rádio simples, de 23 canais em AM. Depois entrei oficialmente para o radioamadorismo como classe C, com o prefixo PU, que quer dizer ‘Papo Uniforme’”, relatou Marcone, que atualmente opera sob os indicativos PY6ZM e PX6E1721.

Marcone Leão
Foto: Arquivo Pessoal | Marcone Leão

Ele reforça que o radioamadorismo é um hobby, e não uma atividade profissional. “Não podemos transmitir música, fazer propaganda ou realizar negócios. A comunicação é apenas para fins pessoais e recreativos, seja em curtas ou longas distâncias”, explica.

Além da comunicação, os radioamadores também cultivam o espírito de comunidade, organizando encontros locais, estaduais e até nacionais. Segundo Denilson, um desses eventos já tem data marcada: “Em setembro, o pessoal de Conceição do Coité está organizando um encontro nacional, que reúne colegas de todo o Brasil”.

A prática, mesmo diante da modernização tecnológica, segue viva e cada vez mais acessível. “Hoje já se consegue montar uma estação com baixo custo, utilizando equipamentos importados, até mesmo produtos chineses com boa qualidade. É uma porta aberta para quem quer começar”, finaliza Denilson.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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