Dilton e Feito

CPI quer começar por Pazuello, vacinas, dados do TCU e remédios sem eficácia

O colegiado deve iniciar os trabalhos já nesta semana, na terça (20) ou quinta (22).

Acorda Cidade

Membros da CPI da Covid trabalham para que os primeiros requerimentos sejam para convocar três ex-ministros e buscar por material do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a atuação do governo no combate à pandemia. Conforme anunciou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), o colegiado deve iniciar os trabalhos já nesta semana, na terça (20) ou quinta (22).

De acordo com a Folha de S. Paulo, as prioridades das sessões iniciais da comissão devem ser as convocações de Eduardo Pazuello, que era responsável pelo Ministério da Saúde, Ernesto Araújo, que chefiava a pasta das Relações Exteriores, e Fernando Azevedo, que comandou a Defesa. Senadores também discutem a convocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A compra de vacinas também está na mira desse começo de trabalho da comissão.

A ideia dos parlamentares é ainda mapear logo no começo as ações do Executivo na aquisição de remédios para tratamento precoce, como a hidroxicloroquina, para verificar quanto de dinheiro público foi usado na compra de medicamentos sem eficácia comprovada.

Outro objetivo de membros da oposição e dos independentes nas primeiras semanas é tentar comprovar que o Planalto agiu de maneira deliberada em busca da denominada “imunidade de rebanho”, na contramão da orientação de especialistas na área.

Além de investigar a condução de Bolsonaro no enfrentamento do coronavírus, a comissão deverá colher depoimento de instituições da sociedade civil, como planos de saúde e algumas associações médicas, que também estimularam o uso de remédios que não têm comprovação científica.

Em outra frente, os senadores pretendem investigar o motivo para o governo brasileiro ter rejeitado a compra de 70 milhões de vacinas da Pfizer em 2020, conforme mostrou a Folha, quando o imunizante ainda estava em desenvolvimento.

Parlamentares que apoiam o governo já planejam estratégias para evitar que o trabalho da comissão atinja o Palácio do Planalto. A oposição, porém, deve ter a ajuda dos chamados independentes para intensificar a investigação sobre as ações do Executivo e os motivos para o país ter ultrapassado a marca de 360 mil mortos pela Covid-19.

Fonte: Bahia Notícias

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