Política

Coronel sai de bem com a vida e deixa a conta para os sucessores

'Na pior das hipóteses eu sairei como um bom presidente para os funcionários', afirmou.

Assim que selou o acordo para pagar uma pendenga judicial de mais de 25 anos com mais de 350 funcionários, que já passava dos R$ 400 milhões, Angelo Coronel (PSD), o presidente da Assembleia, dizia ter a certeza de ter feito a coisa certa: "Na pior das hipóteses eu sairei como um bom presidente para os funcionários". Vai sair no fim de janeiro bem melhor do que imaginou. Senador eleito e beijado e adorado por funcionários. Com um detalhe: neste caso, a fatia maior da conta quem vai pagar são os seus sucessores.

Passivo

O caso começou nos anos 90, quando Eliel Martins era presidente da casa, por conta de um reajuste não concedido. A pendenga, já transitada em julgado até no STF, veio sendo postergada por Marcelo Nilo nos 10 anos em que ele imperou como presidente. Só este ano o tombo no caixa da Assembleia vai a R$ 30 milhões, que chega a R$ 40 milhões com o reajuste concedido a aposentados. A ideia é quitar até 2025, mas por agora os servidores beneficiados só têm motivos para sorrir. O salário de alguns dobrou. Noutros, foi mais que isso. Um deles admitiu que chegou a tomar um susto quando recebeu o contracheque: ‘Fiquei sem entender. É para menos?’. Coronel acha que fez justiça. Nilo diz que ele fez bobagem. Seja como for, os dois saem de cena e em 2019 só estarão lá os funcionários. E a conta. As informações são de Levi Vasconcelos, no bahia.ba. 

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários