Os comerciantes da feirinha do bairro Cidade Nova em Feira de Santana, solicitaram a reportagem do Acorda Cidade para reclamarem da onda de furtos em mercadorias que estão acontecendo no local.
De acordo com eles, a situação já está acontecendo há um bom tempo por falta de segurança no entreposto comercial.
Ao Acorda Cidade, Eliel de Jesus que trabalha há 15 anos como feirante vendendo frutas e verduras, informou que os furtos geralmente acontecem de sexta para sábado ou de sábado para domingo.
“Essa situação aqui já está acontecendo há muitos anos, porque estamos praticamente sem nenhuma segurança. Toda semana, seja de sexta para sábado, sábado para domingo, as nossas mercadorias são furtadas. Tanto que no sábado e no domingo, que é o dia de movimento aqui no espaço, a gente sente essa falta da segurança, ficamos a mercê dos marginais. Todo mundo aqui quando encerra com os expedientes, colocam lonas por cima das bancas e passam as cordas, mas aí alguns indivíduos estão vindo aqui para pegar nossas mercadorias”, disse.
Ainda de acordo com Eliel, cerca de R$ 100 até R$ 150 em mercadorias, são furtadas da banca.
“Toda semana eu estou tendo prejuízos, no mínimo cerca de R$ 100, até mesmo R$ 150 de mercadorias que essas pessoas estão levando. Inclusive nós conversamos com a direção que toma conta da feira, e discutimos que precisa ter uma reforma aqui no espaço, tem a questão das grades para poder bloquear os acessos, ter uma patrulha melhor, ter vigilantes, e diante de tudo isso, a gente se reuniu para colocar câmeras de monitoramento, para tentar inibir estas ações”, explicou.
Carlos Luiz Ferreira, também é feirante há 12 anos. Ao Acorda Cidade, ele informou que por conta de tantas insatisfações, uma Associação está sendo criada com o apoio de outros comerciantes.
“Nós estamos tentando formar uma Associação, até porque a feira está abandonada. infelizmente a gente não tem a questão efetiva de limpeza, não temos a questão de segurança, tudo que precisamos neste momento, e para isso, vamos ter que montar uma Associação para organizar as coisas. Já existia uma outra Associação, mas ninguém sabe o que foi que aconteceu, mas hoje estamos com este propósito para não ficarmos abandonados, e será também uma parceria com a própria prefeitura, que tem a obrigação de tomar conta das feiras livres”, afirmou.
De acordo com Márcio Alexandre, coordenador de feiras livres da Secretaria de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural (Seagri), novas concessões estão em andamento, para que a reforma do espaço seja feita.
“A nossa secretaria assumiu as feiras livres, até porque era de competência da Settdec [Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico], e um dos grandes problemas deste locais, são as estruturas antigas. Então estamos em um trabalho que foi iniciado na época por Pablo Roberto e dado continuidade com o secretário Pedro Américo, que são as concessões para reformar estes espaços, até porque muitos locais estão deteriorados. Estamos em um processo avançado, inclusive em parceria com a Seprev [Secretaria de Prevenção à Violência], para nos dar um apoio com relação a segurança”, disse.
Ainda segundo o coordenador de feiras livres, muitos vândalos utilizam como ferramenta, o chamado ‘pé de cabra’, para arrombarem as grades.
“Tem um box aqui do rapaz que foi arrombado, e encontramos um pé de cabra. Graças a Deus, só tentaram arrombar, mas não levaram nada. Outro problema que a gente também enfrenta, é que aqui ao redor da feira livre, a questão social, porque nós temos muitas pessoas em situação de rua, e no meio deles, muitos usuários de drogas, e que durante a noite, quando não há uma segurança efetiva aqui no local, acontece os arrombamentos”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram