Após eleger o desembargador Lourival Trindade para assumir a presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pelos próximos dois anos, os desembargadores da Corte concluíram a votação para os demais cargos da Mesa Diretora. A votação, que teve resultados apertados, foi realizada em sessão plenária na manhã desta quarta-feira (4), na sede do órgão, no Centro Administrativo da Bahia. A contagem dos votos confirmou a eleição do desembargador Carlos Roberto (30 votos) como 1º vice-presidente, Augusto Lima Bispo (33 votos) como 2º vice-presidente, José Alfredo Cerqueira (28 votos) como corregedor-geral de Justiça e Osvaldo Bomfim (26) como corregedor das comarcas do interior. A posse será após o recesso do Poder Judiciário, no dia 4 de fevereiro, no Salão Nobre do Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.
Votação
A escolha da Mesa Diretora foi disputada voto a voto, e não foram apontados favoritos. Assim como para presidente, a eleição da primeira vice também não consagrou um vencedor em primeiro turno. Inicialmente, o desembargador Carlos Roberto recebeu 24 votos, Heloísa Graddi, 20, Gardênia Pereira Duarte, 10, e Nágila Brito, apenas um. Os mais votados, então, seguiram para o segundo turno com a eleição de Carlos Roberto. O mesmo aconteceu com a vaga de corregedor-geral. Neste caso, porém, houve uma dúvida se caberia ou não segundo turno e foi feita uma consulta ao regimento. Com 24 votos, a desembargadora Nágila preferiu desistir da disputa.
Operação faroeste
Neste ano, a eleição ocorreu em meio à Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em meados de novembro. Os desembargadores José Olegário Monção Caldas, Maria da Graça Osório Pimentel Leal, Maria do Socorro Barreto Santiago e o presidente Gesivaldo Britto foram afastados de seus cargos por suspeita de envolvimento em um esquema criminoso de venda de sentenças e tráfico de influência. Com isso, Olegário e Maria da Graça, que eram candidatos à Presidência, deixaram a disputa. Na última semana, Maria do Socorro, presidente da Corte na gestão anterior, teve ainda sua prisão preventiva decretada por manter contato com funcionários do tribunal baiano, descumprindo a decisão judicial. As informações são do Bahia Notícias.