Câmara Municipal

Com média de infecção três vezes superior a do município, bancário pede prioridade em vacina anti-coronavírus

O dirigente lembra que o segmento não teve suas atividades interrompidas nem mesmo durante lockdown determinado nas cidades e chegou a funcionar, em certo período, inclusive, nos fins de semana.

A média de bancários infectados de Covid-19 em Feira de Santana é três vezes superior a que se verifica em relação ao município (5,7% da população), segundo dados apresentados na Câmara, nesta terça (27), pelo vice-presidente do sindicato da categoria nesta cidade, Eritan Machado. Ele utilizou a Tribuna Livre da Casa para solicitar aos vereadores que defendam junto às autoridades da saúde a inclusão dos trabalhadores das instituições financeiras entre os grupos prioritários da vacinação contra o coronavírus. Segundo informa, 120 denúncias relacionadas a profissionais que contraíram o vírus foram encaminhadas pela entidade de classe ao Ministério Público do Trabalho, sem considerar os infectados entre vigilantes, recepcionistas, telefonistas e outros prestadores de serviços do setor.

"É muito mais que uma demanda classista, mas epidemiológica", avalia o sindicalista, para quem não resta dúvida de que os bancos públicos ou privados estão entre os principais vetores de contaminação: "Estão sempre abarrotados de trabalhadores que vão buscar suas parcelas do auxílio emergencial, receber salários, fazer pagamentos, sacar FGTS ou seguro-desemprego e de idosos que vão receber aposentadorias. Todos enfrentam aglomerações diárias nas filas". Observa que as agências são espaços fechados, onde se manuseia dinheiro, que pode estar infectado. Assim, constata, não apenas bancários e demais profissionais que trabalham nesses locais, mas também o público, correm risco eminente de serem infectados e de transmitir a doença.

O dirigente lembra que o segmento não teve suas atividades interrompidas nem mesmo durante lockdown determinado nas cidades e chegou a funcionar, em certo período, inclusive, nos fins de semana. "Nossa saúde é essencial para socorrer a economia do país. É justo que, se estamos mais expostos, sejamos considerados prioritários nos planos de imunização após os idosos, os que tem comorbidades e quem está na linha de frente do atendimento nos hospitais", apela. Ele critica a "omissão e demora" do Governo Federal em adquirir vacinas e entende que a economia só deve retornar à normalidade após a maioria da população vacinada. Agradeceu ao vereador Sílvio Dias (PT), que em 9 de abril apresentou requerimento na Câmara pedindo aos órgãos de saúde que incluam os bancários nos grupos prioritários de vacinação e ao presidente da Casa, Fernando Torres (PSD), que cedeu o espaço para o pronunciamento. 

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