Eleições 2018

Com alto índice de estradas mal conservadas, Bahia sofre também com roubos de cargas

A menos de duas semanas das eleições, o tema da infraestrutura tem sido debatido frequentemente pelos presidenciáveis.

A segurança nas estradas tem sido uma das maiores preocupações na Bahia. Nos últimos seis anos, o número de roubos a caminhões nas rodovias baianas aumentou 105%. Em 2011, os 215 assaltos nas estradas deram prejuízo de R$ 13 milhões. Já em 2016 foram 441 assaltos e o prejuízo mais que dobrou: dessa vez foram R$ 28 milhões. Um dos casos mais chocantes foi o de um motorista que teve os quatro dedos decepados por um assaltante. O crime foi no dia 26 de julho na BA-512, na altura de São Sebastião do Passé. A velocidade da via é de 80 km/h, mas por causa da quantidade de buracos, os motoristas chegam a trafegar a 30 km/h. Embora a maioria dos caminhões emita notas fiscais e não transporte dinheiro, o alto valor das cargas é um atrativo para bandidos. Saulo Pontes, superintendente do DNIT na Bahia, afirma que os órgãos do estado estudam centralizar o comércio em ferrovias, que são mais seguras. “Essas rotas da mineração estão na nossa prioridade, principalmente a parte de grãos e minérios. Por isso que tá sendo incrementada a Fiol, Ferrovia de Integração Leste Oeste, que vai servir de escoamento da mineração.” A menos de duas semanas das eleições, o tema da infraestrutura tem sido debatido frequentemente pelos presidenciáveis. O candidato à presidência pelo MDB, Henrique Meirelles, por exemplo, é um dos que defende a criação de mais ferrovias. “É fundamental nós transformarmos o Brasil em um canteiro de obras. De maneira a que o agronegócio possa ter um transporte mais rápido e de menor custo. E ao mesmo tempo, não usar somente as estradas, mas as ferrovias, que tem um sistema mais eficiente para transportar grandes quantidades. E temos que explorar a grande vantagem do Brasil, que é a hidrovia, que é sistema mais barato que existe de transporte”. De acordo com os dados da Pesquisa Rodovias, da Confederação Nacional dos Transportes, a Bahia tem 64,8% de estradas de regulares a péssimas, e só 35,2% de estradas boas ou ótimas. Quase 50% dos trechos que não foram privatizados têm pavimentação entre regular e péssima.

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