Feira de Santana continua registrando números expressivos, em se tratando da violência contra as mulheres. O alerta foi feito hoje, na Câmara, pela representante do “Coletivo Sou Frida”, Júlia da Silva Oliveira. Em pronunciamento na Tribuna Livre da Casa da Cidadania, nesta quarta-feira (3), ela cobrou iniciativas das autoridades no sentido de reduzir as ocorrências dessa natureza.
Segundo a ativista, “se faz silêncio” sobre questões que atingem as pessoas do sexo feminino. Ela cobrou dos vereadores um esforço para resguardar e garantir os direitos voltados à defesa e promoção feminina. “O que desejamos é que todos os integrantes desta Casa se comprometam com os direitos das mulheres”, ressaltou.
Ela criticou, em seu discurso, o polêmico pedido de homenagem póstuma para um acusado de feminicídio – o guarda municipal de Araci que, residente em Feira, matou a mulher, depois suicidou-se – feito pelo vereador José Carneiro, na semana passada. A homenagem não foi cumprida pelo Legislativo. O parlamentar admitiu o erro e fez retratação pública no dia seguinte. Em requerimento encaminhado à Câmara, o coletivo solicitou a análise do caso pela Procuradoria da Mulher. No âmbito da administração pública, a falta de creches e a dificuldade de acesso à educação são algumas questões que atingem as feirenses, conforme a ativista.
O vereador Silvio Dias (PT) classificou como “lúcidas e significativas” as colocações do coletivo, que representa “seriamente todas as mulheres de Feira de Santana”.
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