Educação

Ciência na Uesb: será que a creatina que você consome está adulterada?

Atualmente, o uso excessivo da creatina tem gerado debates sobre os riscos e de que forma ela pode acarretar problemas futuros.

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Foto: Divulgação

Suplemento queridinho dos adeptos à vida fitness, a creatina é consumida por cerca de 50% dos praticantes de musculação, de acordo a Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Com foco em ganho de massa muscular, melhor desempenho esportivo, fortalecimento dos músculos, entre outros, esse suplemento também vem sendo fonte de estudo para diversas pesquisas. Mas, e se a creatina que você consome não for exatamente o que está no rótulo?

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Foto: Divulgação

Aqui na Uesb, um trabalho realizado no curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências de Alimentos concluiu que havia incompatibilidade entre o conteúdo do produto e as informações apresentadas no rótulo em aproximadamente 20% das amostras pesquisadas. Isso significa que esses produtos estavam modificados em sua composição.

O estudo complementa uma investigação da Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), trazendo análises mais detalhadas, técnicas mais avançadas e estatísticas que ajudam a prever a concentração de creatina e identificar novas amostras adulteradas. De acordo com a pesquisadora Thinara Oliveira, a pesquisa apresenta dados relevantes que impactam na saúde pública, na regulamentação das indústrias e na conscientização do consumidor.

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Thinara Oliveira | Foto: Divulgação

“Os resultados podem auxiliar órgãos reguladores a criar normas mais rígidas para a fiscalização de suplementos alimentares, garantindo que os produtos comercializados sejam seguros e eficazes, visto que, a ingestão de creatina adulterada pode trazer riscos à saúde, além de reações adversas causadas por contaminantes”, explica a pesquisadora.

A ideia é que nas próximas etapas sejam feitas análises para identificar quais substâncias estão presentes nas creatinas adulteradas e mostrar seus possíveis efeitos na saúde humana. Atualmente, o uso excessivo da creatina tem gerado debates sobre os riscos e de que forma ela pode acarretar problemas futuros.

Como a pesquisa foi realizada – Foram analisadas 149 amostras, incluindo 138 marcas disponíveis no mercado e 11 tipos de creatina a granel. No estudo, foram aplicadas técnicas Espectroscópicas de Infravermelho Médio (MIR), Infravermelho Próximo (NIR) e cromatografia, combinadas com análises estatísticas multivariadas. Para uma maior eficácia no resultado, foram desenvolvidos modelos estatísticos para prever a concentração de creatina e classificar novas amostras como puras ou adulteradas.

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