Dilton e Feito

Campanha na web é importante, mas TV ainda definirá resultados

As redes sociais já foram 'inauguradas' na campanha de 2010, e chegam agora ao pleito municipal pela primeira vez desde seu boom

A internet e as redes sociais ainda não vão superar a TV na campanha eleitoral, mas as tecnologias começam a mudar a forma como os programas na telinha e no rádio são feitos. Essa é a opinião de Victor Trujillo, coordenador do curso de Marketing Eleitoral da ESPM-SP, que ressalta o fato de que a web é uma "nova arena para a disputa de eleitores eleitores", cuja diferença é o papel mais ativo do eleitor."O eleitor agora está empoderado, as redes deram voz para esse eleitor", continua, "e isso deu um novo tom às campanhas". "Ainda que a internet seja um ambiente de importância secundária, ela altera o discurso na TV, no palanque, nas declarações da imprensa, porque tudo é repercutido na internet", resume Trujillo, completando que a repercussão, favorável ou desfavorável, é imprevisível.Para Trujillo, é fundamental que o candidato tenha presença na internet e dispute o voto também nessa nova arena. "Na eleição eleição presidencial passada, as pessoas diziam que ia ser a primeira vez em que a internet ia ser bem usada, que iam acontecer coisas, mas em relação aos candidatos candidatos à presidência, não rendeu muito", opina Marcelo Träsel, professor da PUC-RS e consultor em novas mídias. Além disso, ele alerta que é preciso lembrar que embora o uso de redes sociais seja mais recente, "sites sempre foram usados para colocar vídeos, programa de governo e outros materiais de campanha, funcionando como ponto de referência para o eleitor que quer saber mais sobre quem ele está pensando em votar".

Redes sociais – As redes sociais foram "inauguradas" na campanha de 2010, e chegam agora ao pleito municipal pela primeira vez desde seu boom. "Se por um lado a internet não está estreando, por outro esta é apenas a segunda eleição com presença massiva das redes sociais, então (a campanha) está amadurecendo, assim como o internauta também amadurece", pondera Trujillo.Para ele, a configuração da campanha nas redes sociais no Brasil ainda não está bem clara. "É muito cedo ainda para dizer o que vai fazer mais sucesso entre os eleitores, qual vai ser o comportamento preferido na presença dos candidatos", resume.Träsel, por outro lado, acredita que "as redes deveriam ser mais usadas para criar uma personalidade, transmitir a personalidade do candidato". Ele usa a campanha de José Serra no pleito presidencial de 2010 como exemplo. "Ele tem uma cara sisuda, um jeito sóbrio, mas no Twitter ele conseguiu ser carismático", afirma. A principal estratégia, resume, é "usar as redes sociais como todo mundo usa, não como uma marca, mas como uma pessoa".

A lista de como não usar as redes, aliás, é extensa. Para o professor, o candidato não deve transformar seus perfis em "feeds", ou repositórios de todas as notícias da campanha. "É preciso cuidado para não inundar (a timeline dos seguidores) com informações não muito relevantes, tem poucas coisas que as pessoas realmente querem saber", aconselha. O interesse do usuário seria na opinião do candidato, seja espontânea, seja respondendo questões postadas por seguidores. "Às vezes até informações pessoais, coisas da família ou trabalho, que ilustrem seus valores", exemplifica. As informações são do Terra.

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