Dilton e Feito

Barbosa recebe prêmio e evita comentar salário

Joaquim Barbosa, não quis explicar as razões que o levaram a pedir aumento salarial para os ministros da mais alta corte do País. Em vez disso, preferiu contar uma história sobre a remuneração milionária de seus pares em Cingapura.

Bem-humorado na tarde desta sexta-feira, 30, depois de receber o Prêmio José Alencar de Ética da Associação Comercial do Rio de Janeiro, na categoria gestão pública, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, não quis explicar as razões que o levaram a pedir aumento salarial para os ministros da mais alta corte do País. Em vez disso, preferiu contar uma história sobre a remuneração milionária de seus pares em Cingapura. Barbosa disse que, há três anos e meio, esteve em um congresso sobre cortes constitucionais em Heidelberg, na Alemanha, onde ouviu de um advogado do país asiático – um dos mais ricos e de regime mais fechado do mundo – que os juízes da mais alta corte de Cingapura ganham US$ 1,5 milhão por ano (R$ 3,4 milhões). Juízes de vários países presentes ao encontro, segundo o ministro, riram e duvidaram a resposta. O ministro contou que, no início do ano, recebeu a visita do ministro da Justiça de Cingapura, K. Shanmugan, e aproveitou para tirar a dúvida sobre o salário dos mais altos magistrados. "Perguntei para ele (o ministro da Justiça): `É verdade que um juiz da Corte Suprema de Cingapura ganha US$ 1,5 milhão?'. A resposta dele: `Não, é bem mais. O presidente (da Corte Suprema) ganha US$ 2 milhões, os ministros ganham US$ 1,5 milhão'", relatou Joaquim Barbosa aos jornalistas. "Fiquem com essa história. Ela é verdadeira", encerrou."Isso é ético?", perguntou um repórter a Barbosa. O presidente do STF respondeu: "Não estou dizendo que nós aqui no Brasil devamos ganhar US$ 1,5 milhão. Só contei uma história, que é verdadeira". O ministrou confundiu-se quanto à data do encontro com o ministro de Cingapura: disse que aconteceu em janeiro deste ano, mas foi no dia 5 de abril. O encontro foi noticiado no site do Supremo na internet. As informações são da Agência Estado.
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