Um grupo de bancários se manifestou, na manhã desta terça-feira (21), na Rua Conselheiro Franco, em Feira de Santana, entre as agências do Bradesco e Itaú. O protesto foi motivado pelo alto número de demissões no setor.
O Presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Eritan de Carvalho, informou que a manifestação visa garantir o direito dos clientes de acessaram as instituições financeiras, os bancos, para terem seus serviços atendidos.
“Visa também resguardar os empregos dos bancários, porque os bancos passaram a adotar uma política de autenticação mínima, ou seja, aqui no Bradesco, por exemplo, só dá 100 autenticações por dia. Com isso, é obrigado os funcionários expulsarem os clientes, negarem o atendimento, e também em decorrência disso os bancários acabam sendo demitidos. Os bancos só analisam números e percebem que no interior das agências não tem cliente, não tem usuário demandando serviço, e com isso demitem os funcionários.”
Ele destacou que a população também pode denunciar situações sobre o atendimento das agências ao Banco Central.
“Estamos aqui para alertar a população de que ela deve exigir seu direito ligando para a ouvidoria do Banco Central através do número 145 e com isso denunciar os bancos que negam os atendimentos para forçar as instituições financeiras, que lucram bilhões por ano, a contratarem mais funcionários, para darem um atendimento humanizado à população. Isso é em todos os bancos. Nós estamos no centro financeiro de Feira de Santana, que é a Conselheiro Franco, entre as duas maiores agências da cidade, que são o Bradesco e o Itaú, mas estamos fazendo esse tipo de denúncia em todas as agências de Feira. É preciso que os bancos mudem essa postura, virem essa chave, que contratem mais funcionários, até porque os bancos figuram no topo das reclamações do Procon e do Banco Central.”
O representante sindical alertou também ao Procon, para que realize mais fiscalizações no interior das agências.
“Cobramos mais ações do Procon, mais fiscalização. Basta eles virem que irão ver idosos sendo negados ao atendimento, filas quilométricas. Cobramos que o Procon exerça seu papel institucional. Nós estabelecemos um acordo com a Febraban que, durante a pandemia, os bancos se eximiriam de demitir as pessoas, porque a economia passava por um momento difícil. Apesar disso, os bancos lucraram milhões e ainda assim demitiram bancários. Com essas demissões, temos menos bancários para atender os clientes, a demanda ou acesso ao crédito só fez aumentar. Temos menos bancários, os poucos que têm acabam adoecendo, seja pela sobrecarga de trabalho, provocando Ler/ Dort, seja por doenças psicossomáticas, como exemplo depressão, síndrome do pânico, crise de burnout”, explicou o sindicalista.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram