Política

Apesar de emplacar aliados no Congresso, Bolsonaro terá dificuldades com pautas de costumes

Base aliada já deixou claro que medidas como revisão da lei das drogas ou regulamentação do "homeschooling" não são prioridades

Apesar de ter conseguido emplacar aliados para as presidências da Câmara e do Senado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve ter dificuldades para aprovar pautas de segurança e de costume. O esforço do presidente não encontra respaldo nem mesmo em partidos que formam a sua nova base aliada. Desde o início da semana, líderes do bloco do centrão têm ressaltado que, pelo menos neste momento, não pretendem dar prioridade aos temas. Eleito presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em 2020, afirmou que o governo precisava deixar de lado a pauta de costumes e, agora, não deu nenhuma garantia de que agilizará a tramitação de projetos sobre o assunto. “O governo precisa entrar em sintonia com a real necessidade da população e deixar de lado a pauta de costumes e polêmicas que não contribuem e não apontam para a construção de um futuro melhor ao nosso país”, escreveu Lira em 2019 nas redes sociais. Agora também, em declarações públicas e reunião de líderes, Lira tem ressaltado que, diante das atuais crises econômica e sanitária, o compromisso dele neste momento é com uma pauta que priorize a recuperação da atividade econômica. Na semana passada, segundo assessores presidenciais, Bolsonaro avaliou que precisa tirar do papel até o ano que vem medidas de apelo eleitoral. O objetivo é tentar rebater crítica de opositores de que, em quatro anos, o presidente não deixou nenhum legado político para os eleitores de direita. Foi por isso que, na semana passada, o presidente incluiu na relação de propostas que o governo considera prioritárias três projetos: o PL 3.723/2019, de armas; o PLS 216/2017, que prevê a revisão da lei de drogas; e o PLC 119/2015, que altera o estatuto do índio contra infanticídio. O documento foi entregue aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara.As informações são da Folha de S.Paulo.​ (Com informações do site Bahia.Ba)

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