Dilton e Feito

Angola entre as urnas e a sua primavera

k. No mês que vem, Zédu completa 33 anos no cargo – mais do que os 30 do egípcio, e menos, na África, só que Teodoro Obiang, que tem um mês a mais à frente da Guiné Equatorial

Angola volta às urnas na próxima sexta-feira, e o presidente José Eduardo dos Santos, o Zédu, tem três cenários à sua frente: perdendo, o que é improvável, ele sairá como alguém que assumiu uma colônia, pôs fim a uma guerra civil e entregou uma democracia com alternância de poder, ainda que altamente corrupta, desigual, pobre, faminta e analfabeta; ganhando, o que é quase certo, vai consagrar a estratégia que montou para apagar uma nascente revolta contra esses e outros problemas e se perpetuar no poder. Mas isso depende de uma vitória legítima e expressiva. Uma combinação delicada. Daí vem o terceiro cenário: um sucesso magro pode lhe tirar o controle sobre o partido, ao qual impôs um vice sem histórico político. E uma fraude flagrante será, em vez de água fria, gasolina na fogueira de um movimento que tem se inspirado na derrubada de chefes de Estado longevos como Hosni Mubarak. No mês que vem, Zédu completa 33 anos no cargo – mais do que os 30 do egípcio, e menos, na África, que Teodoro Obiang, que tem um mês a mais à frente da Guiné Equatorial. Leia mais em O Globo.

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