O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal (PP), afirmou na manhã desta segunda-feira (3) que acionará formalmente a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e o Ministério Público estadual (MP-BA) para a adoção de medidas judiciais diante das denúncias de agressão e ameaça de morte contra parlamentares, supostamente ocorridas durante a votação da PEC da Previdência, na última sexta (31). “Nós hoje vamos procurar o secretário de Segurança Pública, [Maurício Barbosa], solicitando que o Estado tome as providencias cabíveis a um ato bárbaro como esse. Também vamos procurar o Ministério Público para que acione [os autores] judicialmente. Porque, além da ameaça que sofremos, boa parte do plenário foi depredada”, declarou Leal em entrevista à rádio Metrópole. A sessão a que o deputado se refere, segundo o bahia.ba, foi bastante conturbada e chegou a ser suspensa após manifestantes contrários à proposta invadirem o plenário. Leal estima que havia cerca de 100 pessoas no local. Entre os alvos do grupo estiveram os deputados Alan Sanches (DEM) e Paulo Câmara, cujos autores já foram identificados, segundo o chefe do Legislativo.
Leal, por sua vez, recebeu uma ovada naquela ocasião.
“Confesso que até agora estou chocado. Eu nunca vi um ato como o que aconteceu na Assembleia em nenhum Parlamento do mundo. Você pode divergir. É normal procurar colocar o seu posicionamento. Mas você jogar ovos em parlamentares, invadir o plenário, com gritos de ameaça e armas em punho é uma selvageria. Nós tivemos o deputado Alan Sanches, que sofreu uma ameaça. [Teve] uma arma, uma pistola, apontada pra ele. O deputado Paulo Câmara foi agredido fisicamente. O deputado Fabrício recebeu inúmeras ameaças e, além disso, estava a deputada Talita, grávida. Imagine… Nós vivemos uma praça de guerra.
Ameaça de morte
No domingo (2), o deputado estadual Alan Sanches (DEM) divulgou um vídeo em suas redes sociais em que diz ter sido ameaçado de morte naquela ocasião. Segundo o parlamentar, um homem ainda não identificado apontou uma pistola em sua direção no momento em que ocorria um tumulto entre servidores públicos e parlamentares. Ao bahia.ba, Sanches disse que adotará todas as medidas cabíveis para identificar e responsabilizar o autor da agressão.