"A justiça vem de Deus", declara vereador acusado de ter agredido radialista no distrito de Tiquaruçu

O vereador Jurandy Carvalho (PL) foi acusado de ter agredido no último domingo (19), o radialista Edicarlos Silva.

O radialista que é vinculado ao partido MDB e foi candidato a deputado nas eleições passadas, relatou ao Acorda Cidade que a agressão física praticada pelo vereador ocorreu no distrito de Tiquaruçu, em Feira de Santana (veja mais aqui).

A reportagem do Acorda Cidade conversou com Jurandy Carvalho na manhã desta terça-feira (21). Segundo ele, não houve agressão física, e explicou que ao chegar no Povoado do Socorro, onde estava acontecendo a 53ª Festa do Vaqueiro, foi recebido com insultos por parte do radialista.

“Eu estava junto com a minha assessoria, almocei no distrito de Tiquarucu no domingo, no Povoado da Caatinga, logo depois me desloquei ao Povoado de Socorro. Ao chegar lá, antes de descer do carro, já fui ofendido pelo senhor Edicarlos Silva. Desci do carro junto com alguns assessores e assessoras, e pedi a ele que ele me respeitasse, e foi o que eu fiz, porque eu sempre respeitei ele. Edicarlos já vem fazendo isso alguns dias com provocações, entendeu? Mas estou entregando a Deus, como ele já deu queixa, eu espero que a polícia apure, ele está dizendo que eu dei socos e pontapés nele. E eu acho que, se eu dei socos e pontapés, era para estar todo quebrado, não era para ele estar gravando um vídeo em uma rede social. Edicarlos é político, foi candidato lá pelo PL junto comigo, e eu acho que ele tem inveja do vereador da roça, ele como diz aí no vídeo dele, que ele estudou, eu posso ter não estudado, mas meu pai me deu uma educação de berço”, declarou.

Ao Acorda Cidade, Jurandy Carvalho também citou sobre a demora do radialista ter registrado a ocorrência, e cogitou a possibilidade de Edicarlos ter simulado a agressão para ficar registrado no exame de corpo de delito.

“E como ele falou ainda, que estava lá acompanhado de lideranças políticas, ele quis gerar um fato político, o que é do jogo, a gente está no jogo, e o jogo tem que ser jogado. Eu acredito na Polícia Civil de Feira de Santana, espero que ela apure e a gente vai chegar aos fatos. Espero também que depois, um fato que aconteceu duas horas da tarde do domingo, e que só presta queixa por volta das 10 horas da manhã da segunda, eu espero que ele não tenha feito alguma coisa para dizer que eu bati nele, entendeu? Porque assim, quando a gente bate, a gente tem um corpo de delito, a gente tem fatos de escoriações pelo corpo, porque foi tomada pancada. Então assim, eu espero que as coisas sejam feitas com justiça, mas a justiça vem de Deus também”, relatou.