Mensagem de sexta-feira 05.11

A fé de uma criança

Foi na áfrica central. No abrigo improvisado das missionárias, uma mulher entrou em trabalho de parto.

Foi na áfrica central. No abrigo improvisado das missionárias, uma mulher entrou em trabalho de parto. Apesar de todos os esforços da equipe, ela não resistiu e morreu, logo após dar à luz um bebê prematuro. Sua filhinha de dois anos começou a chorar e não havia o que a pudesse consolar. Não havia eletricidade e, portanto, era complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora. Ele foi colocado em uma caixa e envolto em panos de algodão.

Bem depressa alguém foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente. Mesmo morando na linha do equador, as noites eram, por vezes, frias e sopravam aragens traiçoeiras. Logo descobriram que a única bolsa para água quente estava rompida. "Que fazer?" – pensou a responsável. Providenciou para que o bebê ficasse em segurança tão próximo quanto possível do fogo.

À noite, para protegê-lo das lufadas de vento frio, as moças deveriam dormir entre a porta e o bebê. Na tarde seguinte, a missionária foi orar com as crianças do orfanato. Para as incentivar à oração, ela fez uma série de sugestões e lhes contou a respeito do bebê. Explicou a dificuldade em mantê-lo aquecido, sem a bolsa de água quente. Também disse que o bebê poderia morrer de frio. Mencionou ainda a irmãzinha de 2 anos que não parava de chorar a ausência da mãe. Então, uma menina de 10 anos se ergueu e orou em voz alta: "por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já seja tarde, porque o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje.

E… Deus, já que estás cuidando disso mesmo, por favor, manda junto uma boneca para a irmãzinha dele, para que saiba que também a amas de verdade." A missionária nem conseguiu dizer assim seja. Poderia Deus fazer aquilo? O único jeito de Deus atender o pedido da menina seria por encomenda de sua terra natal, via correio. Ela lembrou que estava na áfrica central há 4 anos. Nunca havia recebido uma encomenda postal de sua casa.

E mesmo que alguém tivesse a idéia de mandar um pacote, quem pensaria em mandar uma bolsa de água quente, para um local na linha do Equador? Naquela tarde, um carro estacionou no portão da casa e deixou um pacote de 11 kg. na varanda. As crianças do orfanato rodearam o pacote. Quarenta olhos arregalados acompanharam a abertura. Eram roupas coloridas e cintilantes. Havia também ataduras, caixinhas de passas de uva e farinha. E, bem no fundo, uma bolsa de água quente, novinha em folha. Rute, a garota que pedira a bolsa, na prece, gritou: "se Deus mandou a bolsa, mandou também a boneca." Será? E lá estava ela. Linda e maravilhosamente vestida.

Olhando para a missionária, Rute perguntou: "posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Deus a ama muito?" O pacote fora enviado há 5 meses, por iniciativa de uma ex-professora da missionária, que resolveu enviar uma bolsa de água quente, sem mesmo saber porquê. Uma das suas auxiliares, ao fechar o pacote, decidiu mandar uma boneca. Tudo isso, cinco meses antes, em resposta a uma oração de uma menina de 10 anos que acreditou, fielmente, que Deus atenderia a sua oração, ainda naquela tarde. E há quem duvide que Deus é onipresente e onisciente!

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