Laiane Cruz
Com a volta às aulas, pais e responsáveis devem estar atentos à alimentação da criançada. Mesmo com o dia a dia cada vez mais corrido, a recomendação para os pais é não recorrerem a alimentos industrializados na hora de montar a lancheira dos filhos.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a nutricionista Jussara Soledade, destacou que é importante que os pais se preocupem com a variedade do que vão ofertar e colocar na lancheira. “Quando se trata de crianças na fase escolar, geralmente, elas já manifestam suas vontades, e elas torcem o nariz para frutas e verduras. Isso faz com que optem por guloseimas como salgadinhos, doces, frituras e balas. Isso é preocupante, porque as crianças estão ficando cada vez mais obesas e não é tarefa fácil para os pais.”
Segundo a profissional de saúde, mais de 6 bilhões de crianças estão obesas no país, exatamente por conta da alimentação não saudável. Ela recomendou que os pais acesse o site do Ministério da Saúde, o qual disponibiliza o guia alimentar para crianças até 2 anos e para os adolescentes há o guia alimentar para a população brasileira, que é um instrumento que orienta e educa as pessoas. “O objetivo é orientar para uma alimentação saudável e que as pessoas consumam alimentos com qualidade”, salientou.
Lanches da cantina
Outro desafio encontrado pelos pais quanto ao lanche dos filhos em idade escolar é a variedade de alimentos não saudáveis encontrados nas cantinas das escolas. Nesses locais, o mais comum é a venda de frituras, como pastéis, coxinhas, entre outros salgados, sucos de caixinhas, biscoitos recheados e outras guloseimas.
Conforme a nutricionista Jussara Soledade, apesar da oferta de lanches como estes no ambiente escolar e o consumo pelos próprios colegas de sala, as crianças devem ser estimuladas em casa a preferirem alimentos mais saudáveis.
“Isso começa em casa. Se os pais estimulam e têm uma alimentação saudável, naturalmente, os filhos não vão querer consumir o alimento que não é correto e o coleguinha está consumindo. Isso depende muito da educação no lar. Tem crianças que estudam em escolas que não permitem que se leve alimentos processados, e tem crianças que preferem esses alimentos porque trazem de casa esse hábito. A família incorpora na criança o hábito, a busca por alimentos industrializados”, afirmou.
Ela disse ainda que é comprovado que quando a criança participa do preparo das refeições junto com os pais, elas se alimentam de maneira mais saudável.
“A criança a partir dos 2 anos já pode junto com os pais fazerem os alimentos de uma forma divertida e tornar os lanches mais divertidos e mais atraentes. O lanche completo deve ter alimentos de grupos variados, como carboidratos, que oferecem energia para as crianças, como castanhas, queijos, pipoca, bolo de banana e de maçã, aveia, granola, ou seja, opções que vão garantir mais energia para as crianças.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.