Saúde

Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana alerta para baixa cobertura vacinal; maior índice é entre crianças

A vacinação segue disponível nas unidades de saúde de Feira de Santana.

Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ano de 2024 está apenas começando, mas o esquema vacinal de Feira de Santana entre crianças, adultos e idosos já é uma preocupação para a Secretaria Municipal de Saúde.

Mesmo com um esquema de mobilização para que a caderneta de vacinação seja completada, a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, ainda está distante de ser satisfatória.

A principal preocupação também da Vigilância Epidemiológica (Viep) do município, é a vacinação de crianças. De acordo com a coordenadora da Viep em Feira de Santana, Carlita Correia, mesmo com a parceria entre órgãos de saúde, o público infantil é o mais afetado por conta da falta de procura.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Carlita Correia também reforçou o trabalho da Vigilância junto à Secretaria de Saúde, para completar o esquema vacinal na população.

“A gente tem feito já neste início de ano uma mobilização nas unidades de saúde, junto aos agentes comunitários de saúde para uma busca ativa, começando desde o início de janeiro, onde também tivemos a presença da Sesab, do Núcleo Regional também fazendo atualização, então, recebemos vários municípios e juntos, numa parceria a gente tem se empenhado para ver a questão da parte da cobertura vacinal. Nosso plano de ação envolve a busca ativa, já que a redução é geral, mas criança é o mais preocupante, já que segue como um adolescente doente, um adulto doente e um idoso doente. Por isso que a gente faz esse trabalho de prevenção, existem doenças que são imunopreveníveis e não é fácil entender porque a população deixa as suas crianças sem se vacinar. Estamos fazendo uma mobilização, junto com toda a Secretaria Municipal de Saúde, para fazer essa busca dessas crianças que estão com a caderneta de vacinação desatualizada. Não são poucas crianças. Naturalmente, quando elas não se vacinam, a gente entende que não batemos uma meta e que essas crianças estão sem se vacinar”, frisou.

Desinformação

De fato, as Fake News ainda são a maior razão para que a vacinação de crianças e adultos não aconteça em todo o país. Após a pandemia, houve uma redução significativa deste índice.

A coordenadora aproveitou ainda para destacar a importância da vacinação na prevenção de doenças que podem evoluir ao óbito.

“A gente vê que a população consegue através de Fake News, descredibilizar os imunizantes desde início da campanha de vacinação na pandemia. Então, não é somente a nível de Feira, de Bahia e Brasil, é uma coisa universal e que a gente viu o número de redução de mortes e internamentos. Ainda morre muita gente no Brasil por conta da covid e a gente entende que a vacina tem prevenido o agravamento e a morte. Tivemos um quadro agora, no final de ano que nos surpreendeu, a presença da ômicron com a subavariente e essa subvariante surpreendeu causando seis óbitos em novembro e sete em dezembro, em Feira de Santana, pacientes que tinham comorbidade, envolvendo jovens, adultos e idosos e ambos, tinham comorbidades semelhantes e identificamos que esse público não tinha o reforço com a bivalente, que é a vacina que previne essa cepa. Assim, a gente vê a importância da vacina e as pessoas começaram a buscar mais”, disse.

Dengue

Uma novidade que está prevista para chegar à Bahia, em breve, é a vacinação contra a dengue. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante através do SUS.

Para Carlita Correia, a vacinação será priorizada em primeiro momento para grupos específicos, mas, só em prevenir eventuais complicações, já é bem vinda.

“Estamos aguardando uma nota técnica que vem do Ministério da Saúde, onde ele faz a comunicação para o Estado e o Estado faz a comunicação com os municípios. Estamos com a mesma expectativa, a gente sabe que no Brasil já tem o tipo 3 da dengue em alguns estados e a gente entende que é um tipo grave por conta de não ter tido, pacientes que nunca tiveram dengue, por exemplo. Foram estudados os tipos e eles podem se apresentar de maneira grave, e a gente entende que se ele se apresenta desta forma, o paciente já pode ir a uma evolução da doença para o óbito. Então, é muito importante esse momento da vacina, a nossa não está pronta, está em fase de teste, o Instituto Butantan está estudando para que o Brasil produza a vacina, mas, enquanto não está pronta, é boa a iniciativa que o Ministério da Saúde teve para que essa vacina chegue para ser disponibilizada para a população”.

A vacinação segue disponível nas unidades de saúde de Feira de Santana para serem aplicadas, principalmente em quem ainda não completou a cobertura vacinal.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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