Saúde feminina

Vaginose: 49% das mulheres desconhecem a doença

Causada por bactérias, doença é mais comumente provocada pela Gardnerella vaginalis e acaba sendo confundida com outras doenças.

Foto: Julio César Velásquez Mejía-Pixabay
Foto: Julio César Velásquez Mejía-Pixabay

Uma doença tão comum quanto desconhecida entre as mulheres. Trata-se da vaginose, que pode atingir mulheres em diversas faixas etárias. Uma pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), encomendada pela marca farmacêutica Gino-Canesten, revelou que 49% das brasileiras não a conhecem.

Foto: Julio César Velásquez Mejía-Pixabay

Na flora vaginal são encontradas diversas bactérias, responsáveis por manter o pH ácido, assim, formando uma espécie de barreira protetora contra a proliferação de bactérias que podem fazer mal à saúde. Em algumas doenças, como no caso da vaginose, ocorre um desequilíbrio da flora, o que possibilita a rápida proliferação das bactérias, causando infecções genitais. A bactéria mais comumente encontrada nas pacientes nessa condição é a Gardnerella vaginalis.

De acordo com a ginecologista e professora Rafaella Torreão, da Faculdade Tiradentes de Jaboatão dos Guararapes (Fits Piedade), os sintomas mais sugestivos da doença são a secreção vaginal amarelada, acompanhada de odor fétido, que pode ser comparado pelas pacientes ao cheiro de “peixe podre”, podendo piorar durante o período menstrual ou nas relações sexuais.

Além da falta de informações e conhecimento, a vaginose muitas vezes é confundida com outra doença vaginal comum: a candidíase.

Rafaella explica que a candidíase é causada por fungos e tem uma reação inflamatória local bem importante, apresentando prurido como principal sintoma. Já no caso da vaginose, a causa é bacteriana e seus sintomas principais têm pouca relação com queixas sugestivas de inflamação.

O diagnóstico é clínico e realizado por achados muito sugestivos no exame físico, mas a vaginose também pode ser confirmada em exames como a citologia oncótica (exame de prevenção para o câncer de colo uterino) ou o na cultura de secreção vaginal. E seu tratamento é feito com o uso de antibióticos.

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