Uma dor intensa, que vai e volta, começando nas costas e irradiando para o abdômen. Esse é o mais comum sintoma de que a pessoa pode ter um cálculo renal. A estimativa é que um em cada dez brasileiros sofra do problema de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
As pedras nos rins são formações minerais sólidas que, ocupam a via de drenagem da urina, e também podem ser chamados de cálculos urinários ou litíase urinária. Esta condição é formada quando a urina possui cálcio, oxalato e ácido úrico em excesso, que acabam contribuindo para a formação das pedras.
De acordo com o urologista e cirurgião Dr. Jailton Campos, o que causa uma dor de forte intensidade é justamente a passagem desses depósitos pelo ureter, canal que transporta a urina do rim à bexiga.
“Geralmente, esses cálculos se formam quando a urina está muito concentrada, promovendo a cristalização de minerais e sais. Em casos mais simples, prescrevemos medicamentos para controle da dor e orientamos o paciente a beber bastante água até que possa expelir a pedra. Mas há casos em que o cálculo obstrui o canal urinário, podendo causar infecção e outras complicações. Quando isso acontece, o único tratamento é o cirúrgico’, afirma Campos.
Para a formação de cálculos renais (Litíase Renal) é importante destacar que geralmente existem como causas principais a herança genética, associada aos hábitos de vida das pessoas. Certamente que outro fator muito pertinente a formação de cálculo renal é a baixa ingestão de líquidos, o que aumenta as chances das pessoas desenvolverem cálculos renais.
“A Sociedade Brasileira de Urologia reforça que melhorar os hábitos e a qualidade de vida atua diretamente para evitar o aparecimento ou novo episódio de pedras nos rins. A prioridade é beber água, geralmente, pelo menos dois litros por dia. A quantidade é orientada pelo médico de acordo com a realidade do paciente. Sucos de frutas cítricas são opções que protegem o corpo”, acrescenta o urologista.
Os cálculos urinários, se não forem eliminados normalmente, podem eventualmente precisar ser removidos por cirurgia, principalmente aqueles de maior tamanho ou que estejam impactados.
“O procedimento minimamente invasivo é realizado em cálculos menores que 2cm, em ambiente de centro cirúrgico com anestesia, com a colocação de um endoscópio que entra pela uretra até a bexiga. O cálculo é visualizado, quebrado em fragmentos menores com o auxílio de uma fibra de laser e posteriormente retirado pelo canal. No caso de pedras maiores, a cirurgia também pode ser realizada de forma endoscópica com um pequeno corte na região inferior do abdômen onde é passado um necroscópico e um laser para pulverização dos cálculos”, finaliza Dr Jailton Campos.
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