Saúde

Trombose: entenda o que é a doença e a sua relação com o anticoncepcional oral

Pacientes que usam anticoncepcionais orais têm um risco de 1, 2 a 1,8 maior de ter trombose do sistema arterial e 3 a 6 vezes mais de desenvolver trombose no sistema venoso.

Acorda Cidade

Na última quinta-feira (16), foi celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, uma doença silenciosa causada por um coágulo sanguíneo que pode bloquear ou afetar o fluxo do sangue, geralmente, nos membros inferiores. A data foi criada com o objetivo de conscientizar a população sobre o problema, que pode se agravar sem os devidos cuidados.

Para a angiologista do Sistema Hapvida, Jéssica Santos, com iniciativas desse tipo é possível ajudar a reduzir o número de casos não diagnosticados e implementar medidas de prevenção e tratamento precoce desta patologia que pode levar à morte. Em mulheres, um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento deste problema, é o uso de contraceptivo oral, principalmente, se ela já tiver uma predisposição à trombose.

“Pacientes que usam anticoncepcionais orais têm um risco de 1, 2 a 1,8 maior de ter trombose do sistema arterial e 3 a 6 vezes mais de desenvolver trombose no sistema venoso”, sinaliza Santos. De acordo com ela, isso ocorre porque os hormônios anticoncepcionais podem interferir nos fatores de coagulação, sobretudo na resistência da proteína, que ao ser envolvida nesse processo de coagulação sanguínea, proporciona a formação de coágulos.

Para essas pacientes, a médica recomenda o uso dos métodos contraceptivos com progesterona ou sem nenhum tipo de hormônio, a exemplo do DIU de cobre. “Essas mulheres devem ficar longe das pílulas orais, anel vaginal, injeção mensal e o adesivo que contém tanto o estrogênio quanto a progesterona”, afirma a médica.

Além disso, a especialista chama atenção para o aparecimento da enfermidade também em pessoas que já possuem algum tipo de trombofilia – desregulação no sistema de coagulação do sangue -, a exemplo de indivíduos que precisam fazer algum tipo de cirurgia dos membros inferiores ou que precisam ficar acamados. Outros fatores de risco também podem influenciar no surgimento da trombose. São o histórico familiar, obesidade, gravidez, pós-parto, cirurgia de varizes, imobilização, alguns medicamentos e pessoas acima de 60 anos.

Sintomas

Os sintomas mais comuns incluem inchaço na perna, aumento da temperatura e da sensibilidade na região acometida e vermelhidão nos membros inferiores. A Dra. Jéssica explica que, ao perceber esses sinais, o indivíduo tem que se dirigir imediatamente a uma unidade de emergência médica, para ter um diagnóstico inicial. “Também é preciso fazer um ultrassom doppler venoso dos membros inferiores, assim como ter a prescrição de um anticoagulante e procurar um cirurgião vascular para acompanhamento”, aconselha a especialista.

Como prevenir

Algumas práticas simples do dia- a – dia podem ajudar a prevenir a trombose, tais como ter uma alimentação balanceada, fazer exercícios físicos regularmente, não fumar, não ficar muito tempo parado, usar meias elásticas e fazer uso de medicamentos só quando forem receitados por um especialista. 

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários