Saúde

Supervisora da Vigilância Epidemiológica explica semelhanças entre o H1N1 e o coronavírus

Ambos são vírus respiratórios. Tem sintomas parecidos, mas ainda não há vacina para o coronavírus. O H1N1 causa a gripe, mas existe vacina.

Rachel Pinto

Atualizada às 19:24

Os casos de pessoas infectadas em todo o mundo com o coronavírus crescem, enquanto outras doenças respiratórias também preocupam. É o caso do vírus influenza, responsável pelo H1N1. A supervisora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, a enfermeira Neuza Santos, explicou em entrevista ao Acorda Cidade as principais semelhanças entre os dois vírus e a importância das medidas de proteção.

Segundo ela, ambos são vírus respiratórios. Tem sintomas parecidos, mas ainda não há vacina para o coronavírus. O H1N1 causa a gripe, mas existe vacina. O paciente pode evoluir com febre, dor de cabeça, calafrios, dor na garganta e cansaço.

“O que vai diferenciar uma gripe comum de uma síndrome respiratória aguda grave relacionada ao H1N1 é o desconforto respiratório ou uma evolução mais severa. O paciente pode evoluir com pneumonia, até agravar e vir a óbito. Vale salientar que as medidas de prevenção e controle para esse vírus devem ter a etiqueta respiratória. A lavagem das mãos, evitar ambiente aglomerado quando a pessoa está com sintoma gripal. Sempre tocar nariz, boca com o papel descartável e papel toalha. Evitar tocar em recipientes, tocar em superfícies depois que espirrar. Quando for espirrar usar a parte anterior do antebraço”, disse.

A enfermeira frisou que o H1N1 causa a síndrome respiratória aguda grave e em Feira de Santana há um histórico de transmissão. Houve um aumento no número de casos em 2018, comparado aos anos de 2019 e 2020 e também já houve um óbito.

“A Vigilância Epidemiológica quer informar a população que esse vírus tem vacina que é a vacina da gripe. Aquela vacina que é dada todo ano para as pessoas que estão no grupo. Tanto idosos, como gestantes, crianças, pessoas que tem comorbidades, que estão em tratamento e com o sistema imunológico comprometido. Esse ano o Ministério da Saúde vai antecipar essa vacina da gripe justamente pelo fato da questão do coronavírus. A vacina não previne a transmissão pelo coronavírus, mas previne a forma grave dos vírus respiratórios como o H1N1 e de evoluir com óbito. A gente faz um diferencial a partir dessa vacina e se o paciente entrar com os sintomas mesmo com a vacina, ele não estará com H1N1 e isso já alerta a população. Já alerta os profissionais para outros possíveis tipos de infecção”, ressaltou.

Neuza reforçou sobre o papel da vacina enquanto aliada e como uma medida de prevenção segura contra o H1N1 e outros vírus respiratórios. Segundo ela, a Vigilância Epidemiológica capacita os profissionais para o enfrentamento de várias epidemias e doenças e quando um paciente apresenta sintomas suspeitos de H1N1e outros agravos de outros o vírus respiratórios o órgão é acionado. É feita uma notificação, o paciente fica em isolamento, são coletados os exames e as medidas de prevenção e controle.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
  

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários